O Google apresentou hoje o Chrome, um navegador para a internet de código aberto que concorrerá com Internet Explorer, da Microsoft, e que, segundo o site de buscas, é mais rápido e simples que outras opções disponíveis na rede.
O Chrome, disponível para download gratuito, foi lançado nesta terça-feira em 40 idiomas e em 100 países.
Os detalhes técnicos do navegador foram apresentados em entrevista coletiva na sede da empresa, no Vale do Silício (EUA).
Dela, participaram alguns dos principais executivos envolvidos no projeto, como Larry Page e Serguei Brin, fundadores da companhia.
Page contou aos presentes que instalou o Chrome em um computador especialmente lento, só para comprovar que, com ele, é possível navegar mais rapidamente do que com seus concorrentes.
"Se você instalar e usar, vai se dar conta da capacidade de resposta que (o Chrome) tem", disse ele.
"Queremos viver em um mundo no qual as plataformas avancem, onde o ritmo de mudança é rápido. O modelo de código aberto permite justamente isso", acrescentou Page.
Uma das principais características do Chrome é, exatamente, ser um navegador de código aberto, o que significa que todos os usuários podem, em tese, ajudar a melhorá-lo. Por essa razão, o Google insistiu que a versão lançada hoje não é de modo algum a definitiva.
Entre as novidades oferecidas pelo navegador ao internauta está a combinação das barras de endereços e de busca em uma só caixa.
Quando é introduzido um endereço, o Chrome sugere automaticamente outros destinos similares e oferece a possibilidade de buscar o termo no Google e em outros sites de busca.
Outra curiosidade é que o Chrome inclui na página principal uma imagem das páginas mais visitadas pelo usuário, os sites buscados mais recentemente e os endereços favoritos do internauta.
Além disso, o navegador é supostamente mais seguro que os outros, pois cada uma das abas abertas opera de forma independente. Assim, se uma aba é bloqueada ou algum aplicativo falha, por exemplo, as outras continuam funcionando normalmente, e o internauta pode continuar trabalhando sem ter de reiniciar o Chrome.
Os responsáveis pelo navegador também destacaram os recursos de segurança e explicaram a função "anônimo", que, quando ativada, permite que as páginas navegadas não apareçam no histórico.
Na entrevista, os programadores do Chrome admitiram que estão em dívida com a Apple, pois o navegador se apóia em seu software WebKit, próprio para leitura de sites.
"As páginas que funcionam bem em Safari (o navegador da Apple) também funcionam muito bem no Chrome", disse Sundar Pichai, vice-presidente do Google para a gestão de produtos.
Ele acrescentou que o Google também construiu um novo mecanismo da linguagem JavaScript chamado V8, que aumenta drasticamente a velocidade dos aplicativos usados e permitirá a utilização de outros que não funcionariam nos navegadores de hoje.
Os especialistas acham que é exatamente nesse campo em que está a força do Chrome.
"O que realmente precisamos não é de um navegador, mas de uma plataforma para páginas web e aplicativos", disse Pichai em um artigo publicado ontem no blog corporativo do Google.
Alguns especialistas apontaram que em um futuro próximo será possível ter computadores com os sistemas operacionais de código aberto Linux e Chrome e muitos programas e aplicativos baseados neste navegador, sem necessidade do Windows ou de outros produtos da Microsoft.
Já a gigante da informática se mostrou convencida de que os usuários continuarão preferindo o Internet Explorer 8, cuja última versão foi lançada na semana passada.
"As pessoas vão escolher o Explorer, pois coloca os serviços que elas desejam ao seu alcance, respeita suas escolhas e lhes dá mais controle que outras tecnologias sobre seus dados pessoais online", disse Dean Hachamovitch, responsável pelo Internet Explorer, em um comunicado.
Veja o vídeo aqui https://www.grupoahora.com.br/flv/video/google_chrome.html.