Os investimentos da Prefeitura de São Bernardo na instalação de válvulas redutoras de pressão de água em alguns pontos da cidade já estão apresentando o retorno esperado – a diminuição dos rompimentos de rede. No Bairro Riacho Grande, por exemplo, houve no ano passado uma diminuição de 86% nos vazamentos de água, em comparação com 2000 e 2001. Na Vila Tosi, a redução foi de 64% e, no Areião, 100%. Os dados são do Departamento de Água e Esgoto (DAE).
Preocupada com a qualidade da água, a Prefeitura também está providenciando a troca da rede antiga. Até o momento já foram substituídos 39 mil metros de tubos de ferro por PVC, que é mais resistente à ação do tempo. Em função das corrosões, os encanamentos de ferro estão mais sujeitos a vazamentos.
O DAE também analisa periodicamente a água, para detectar o teor de cloro, coliformes (tipo de bactéria), cor, turbidez, sabor, odor, PH (acidez da água). A coleta é feita em 80 pontos da cidade, incluindo os locais abastecidos por água tratada pela Sabesp, os sete poços artesianos de responsabilidade do DAE, e os poços particulares. Os resultados são encaminhados ao Departamento de Vigilância Sanitária do Estado.
Ainda em relação a 2000 e 2001, no ano passado também ocorreram reduções significativas no rompimento das ligações domiciliares. No Parque Rio Grande, a diminuição foi de 42%, no Areião 60%, e na Vila Tosi 70%. As válvulas, 17 no total, começaram a ser instaladas em junho de 2001, seis delas no Riacho Grande, duas no Jardim das Orquídeas, duas no Taboão, e as demais no Jardim Laura, Nosso Senhor do Bonfim, Parque Jandaia, Jardim Uenoyama, Bairro Campestre, Parque Florestal e Jardim dos Pinheiros.
Os equipamentos funcionam pelo sistema hidráulico e contam com filtros para evitar a passagem de impuresas. De acordo com o DAE, o prazo de retorno dos investimentos é de, em média, 60 dias.
Outra medida para conter os desperdícios é a instalação de torneiras com fechamento automático nas escolas púbicas. Quinze escolas já contam com o novo sistema. Em cada uma delas foram instaladas, em média, 25 torneiras. O DAE estima entre 30% e 60% a redução de consumo nessas escolas. Periodicamente, o DAE também faz a limpeza da rede de distribuição por meio de descargas, onde se lança fora a água com teor excessivo de ferro ou com algum tipo de contaminação causada por infiltrações. “Para que se mantenha a qualidade da água nos padrões é preciso lavar a rede e isso, consequentemente, causa desperdício. Mas quando se troca a rede, a periodicidade de limpeza é menor ou nem existe”, explica o diretor do DAE, Mauro Valeri.
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