Levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que, dos 8.684 casos confirmados de rubéola no País em 2007, doença infecto-contagiosa causada por vírus cujos sintomas são febre baixa e manchas na pele, 70% ocorreram no sexo masculino. Conseqüentemente, eles serão o foco da campanha de vacinação contra a doença a partir desse sábado. A meta é imunizar 70 milhões de habitantes em todo o País.
Em anos anteriores, os públicos-alvos foram crianças e mulheres. Porém, o Ministério informa que a necessidade de vacinar os homens não exclui as mulheres, necessárias para eliminar a circulação do vírus no País. Ao todo, 35,3 milhões serão vacinadas.
Os casos confirmados da doença, que acomete majoritariamente a faixa etária de 20 a 34 anos de idade, se concentra na região Sudeste, que somou 425 ocorrências neste ano e 3.642 em 2007, a maioria no Rio de Janeiro e São Paulo. Logo em seguida vem o Sul, com 144 casos no ano; o Centro-Oeste, com 119; Nordeste, com 114; e Norte, com 4.
Em 2007, a região Sul teve 3005 casos confirmados de rubéola; o Nordeste teve 1.126; o Centro Oeste, 874; e a região Norte totalizou 37.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que existam 110 mil novos casos da doença a cada ano no mundo. Em 1996, 65 países tinham a vacina de rubéola em seus calendários nacionais de imunização. Em 2006, esse número passou para 123.
Histórico
De acordo com dados do Ministério da Saúde, o Brasil iniciou a organização de uma campanha nacional para eliminar a rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita (SRC) a partir de 2007.
A vigilância epidemiológica destas doenças foi intensificada a partir de 1999, com a implantação do Plano de Eliminação do Sarampo.
Entre 1999 e 2007, a redução dos casos confirmados da doença ficou em torno de 80%. Porém, a partir de 2006 surtos passaram a ocorrer nos Estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Ceará, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, dentre outros.