O ministro da Educação, Paulo Renato Souza, afirmou dia 4, durante a teleconferência “Literatura em Minha Casa”, que o ensino fundamental brasileiro é o “primeiro serviço público realmente universalizado do país, a que todos têm acesso”. Paulo Ranato comemorou não somente a inclusão das crianças na escola, mas também a melhoria no sistema de ensino como um todo, com a qualificação de professores, livros didáticos de maior qualidade e a distribuição mais eficaz da merenda escolar, entre outros fatores. “Fizemos em oito anos o que muitos países levaram décadas para fazer”, disse o ministro. A teleconferência foi apresentada do auditório da Embratel, nesta capital, e também contou com a participação da secretária de Educação Fundamental, Iara Prado.
Para Paulo Ranato, o “coroamento” das ações desenvolvidas pela Pasta nos últimos anos é o programa “Literatura em Minha Casa”. Criado pelo Ministério da Educação (MEC) em 2001, o programa tem o objetivo de distribuir livros a estudantes do ensino fundamental, para incentivar a leitura. “O livro é o principal instrumento para desenvolver, no aluno, a capacidade de pensar e de raciocinar, o que tem que ser o objetivo da educação básica”, defendeu o ministro. No início deste ano, o programa doou cerca de 60 milhões de livros a 8,5 milhões de estudantes de 4ª e 5ª séries. A segunda etapa – que tem como slogan “Livro é Genêro de Primeira Necessidade” – vai doar 4,2 milhões de coleções com cinco livros cada a 3,5 milhões de alunos de 4ª série, no início de 2003. Mais de 126 mil escolas que oferecem turmas de 4ª série também receberão as publicações para enriquecer a biblioteca.
O custo total dos livros para a segunda fase do programa é de R$ 19,8 milhões. São oito combinações diferentes de livros, que reúnem contos, obras teatrais, novelas e clássicos da literatura de autores renomados como Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Maria Clara Machado, Marina Colasanti e Ernest Hemingway. “A intenção é que o aluno forme um acervo pessoal, na sua casa, e possa trocar os livros com os colegas”, explicou a coordenadora do Programa “Acorda Brasil - Está na Hora da Escola!”, Lívia Barreto.
Toda a parte visual do programa foi feita pelo escritor e cartunista Ziraldo, autor do “Menino Maluquinho”. Ele elogiou a iniciativa do MEC, principalmente pelo fato de o livro passar a ser do aluno. “Paulo Renato fica sendo o ministro que marca a história da educação brasileira, porque compreendeu a importância da leitura”, disse. Além de Ziraldo, também participaram da teleconferência a escritora Ruth Rocha, o senador Arthur da Távola e as professoras Maria José Nóbrega, consultora do MEC, e Sônia Madi, coordenadora pedagógica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária.
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