A greve dos funcionários dos Correios atrasou a entrega de 50 milhões de correspondências desde o início da paralisação, que começou na terça-feira da semana passada, dia 1º de julho. Mais cedo, os trabalhadores dos Correios decidiram manter a greve após uma audiência de conciliação que tiveram no Tribunal Superior do Trabalho (TST), em Brasília. O ministro das Comunicações, Hélio Costa, participou da reunião, mas sua proposta não foi aceita pelos trabalhadores.
De acordo com informações da Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresa de Correios e Telégrafos e Similares (Fentect), o governo propôs que a greve fosse suspensa para uma nova rodada de negociações.
Os trabalhadores informaram que só encerrariam a greve caso os dias parados não fossem descontados e se as propostas de negociação de um plano de carreira e aumento do piso salarial fossem aceitas. Eles reivindicam negociação de um plano de carreira, aumento do piso salarial de R$ 603,00 para R$ 1.119,00 e incorporação definitiva da gratificação de risco de 30% aos salários dos carteiros.
Na última sexta-feira, o TST emitiu uma liminar com a determinação de que cada unidade dos Correios mantenha, no mínimo, 50% do efetivo. O tribunal fixou multa de R$ 30 mil em caso de descumprimento da ordem.