Presidente do Irã, Mohammad Khatami, diz que guerra fomentará extremismo

 

Politica - 04/04/2003 - 16:45:36

 

Presidente do Irã, Mohammad Khatami, diz que guerra fomentará extremismo

 

Da Redação com CNN

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O presidente do Irã, Mohammad Khatami, alertou nesta quinta-feira sobre a campanha militar liderada pelos Estados Unidos no Iraque, afirmando que a guerra fomentaria a violência e o extremismo no mundo. O Irã, de maioria muçulmana xiita, não é aliado do Iraque, mas se opõe à guerra liderada por seu arquiinimigo, os Estados Unidos, e está apreensivo com a possível instalação de um novo governo iraquiano apoiado por Washington. “Com essa guerra vocês estão dando um sinal verde para movimentos extremistas responderem à sua violência com violência”, afirmou Khatami em um discurso, de acordo com a agência de notícias estatal. “O resultado dessa guerra é a morte de pessoas inocentes e a proliferação e o fortalecimento do extremismo e da violência”, acrescentou. Khatami, cujo país travou uma guerra contra o Iraque entre 1980 e 1988 e adotou uma posição neutra no atual conflito, manifestou tristeza pelas mortes nos dois lados. “Eu lamento pelo povo oprimido do Iraque, cuja juventude está sendo sacrificada por pessoas que estão sentadas em seus palácios seguros”, disse. “Nós também lamentamos pelas mortes de jovens soldados norte-americanos e britânicos, que vieram do outro lado do mundo para essa guerra em razão de políticas equivocadas e motivações daqueles que buscam poder”, acrescentou. O presidente pediu um esforço internacional para encerrar a guerra que, segundo ele, é promovida por “lobbies sionistas”, e alertou que suas conseqüências poderiam ser “piores do que a catástrofe no Vietnã”. “Ninguém está defendendo o regime iraquiano. Nós apoiamos a integridade e a unidade nacional do Iraque. Nenhuma potência estrangeira nem um ditador tem o direito de governar a nação iraquiana”, afirmou. Os Estados Unidos cortaram os laços diplomáticos com o Irã na revolução islâmica de 1979, e, no ano passado, o presidente George W. Bush acusou o país de integrar um “eixo do mal” — juntamente com o Iraque e a Coréia do Norte — por supostamente buscar desenvolver armas de destruição em massa.

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