"> Superproteção dos filhos, veja até onde isso pode ser perigoso na educação

 

Mulher - 05/12/2002 - 18:20:14

 

Superproteção dos filhos, veja até onde isso pode ser perigoso na educação

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Polêmicas à parte, o medo é inerente ao ser humano, principalmente quando se tem filhos.

Polêmicas à parte, o medo é inerente ao ser humano, principalmente quando se tem filhos.

É impossível não se espantar com os casos de violência doméstica e urbana. Ter filhos e ficar em casa ou no trabalho sem saber como eles estão, para alguns é algo que angustia e desconcentra. Podem ser bebês, crianças ou adolescentes, mas com alguma coisa em comum: são filhos. Muitos já em idade de se aborrecer com o controle e as perguntas constantes dos pais, outros ainda sem noção do mundo em que vivem e da tamanha violência que nos rodeia. Como diz o ditado, “família é tudo igual, só muda de endereço” e, independente da idade, os pais nunca vão ficar despreocupados, seja na hora de deixar o bebê em casa com a babá, entregando o filho na porta da escola ou emprestando a chave do carro para os mais velhos. É comum ouvir alguns falando que não têm sossego enquanto os filhos não chegam em casa ou que ligam várias vezes por dia para saber como a criança está. Alguns são chamados de superprotetores, outros, cuida-dosos. Assim é o caso da dentista Leny Soares, de 42 anos, que deu um celular para sua filha de 10. “Telefono várias vezes, menos no horário de aula. Sei que chego a pegar no pé, mas tenho muito medo de acontecer alguma coisa. Tento deixá-la à vontade, mas quero saber como está e o que está fazendo”, revela. O psicólogo Philipe Kling David garante que esse tipo de atitude é inerente à condição de “responsável”. “Todos os pais se preocupam. O que muda é o grau e a maneira como eles reagem a isso, o que depende do tempera-mento pessoal de cada um”, afirma. Mesmo com o passar do tempo, de acordo com ele, a preocupação muda, mas continua existindo. No entanto, enquanto as crianças são pequenas e estão na creche, os pais, mesmo depois de inspecionar o local e se assegurarem com relação às instalações, morrem de curiosidade para saber se o bebê chorou, se comeu e como está se comportando. Para trazer alívio e conforto a esses pais, empresas de tecnologia estão lançando serviços para monitorar o dia-a-dia da garotada. Os sistemas, bastante modernos, ainda são pouco utilizados no Brasil. Um deles é o Webguardian, que foi lançado em novembro, que promete ser um aliado no combate aos casos de violência e pode ser utilizado em residências, creches e escolas. A novidade faz com que as imagens captadas por uma câmera possam ser vistas de qualquer computador conectado à Internet. O paisagista Ricardo Viana e sua esposa, pais de primeira viagem, instalaram o produto. “Com tantos casos sobre violência ficamos preocupados e preferimos ser cautelosos. Vejo o meu filho quando quero e também acompanho os cuidados que a babá tem com ele”, conta. Já para os mais crescidos, uma notícia que com certeza vai irritar aos mais saidinhos. A GPS está lançando rastreadores que apontam a precisa localização geográfica de pessoas e objetos com base em informações fornecidas por satélites. Tradicionalmente usados em sistemas de segurança, eles também se transformam em aliado dos pais que desejam acompanhar os passos dos filhos no trânsito e na vida cotidiana. Para prevenir seqüestros, assaltos e desvios de rotas no campo e na cidade, os sistemas são instalados em veículos, de forma que possam ser localizados com precisão 24 horas por dia. O gerente de marketing da companhia, Robson Tricarico, esclarece que o sistema é tão preciso que indica até quando o carro ultrapassa a velocidade permitida ou foge do itinerário habitual. Dessa forma, os pais podem até mesmo saber se o motorista freqüenta lugares suspeitos, como pontos de tráfico de drogas ou de prostituição. Comprovadamente, se depender da tecnologia, muitos pais podem dar adeus às noites de insônia e aos dias de ansiedade enquanto estão no trabalho. Como diz o psicólogo Philipe Kling David, a preocupação é natural e os pais devem saber lidar com ela da melhor forma possível. “O medo da perda faz parte da natureza humana”, conclui ele.

Polêmicas à parte, o medo é inerente ao ser humano, principalmente quando se tem filhos.

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