Fora do ar desde o início de dezembro do ano passado, o humorístico A Grande Família volta ao ar no próximo dia 6 de abril em sua sexta temporada. Além de retratar, com muito humor, o cotidiano de uma família brasileira de classe média suburbana, o seriado da Globo vem com um repertório de histórias inéditas, que passam a dar mais atenção aos integrantes da comunidade vizinha.
A principal mudança está na cidade cenográfica, que passou por diversas modificações em função do longa-metragem do programa, que começa a ser filmado nos próximos meses. "O brasileiro gosta de se ver retratado naquela família. Os problemas que ali acontecem são comuns dentro de suas residências", analisa a atriz Marieta Severo, que interpreta a dona Nenê.
No ar desde 2001, "A Grande Família" passa por mudanças a cada nova temporada. Em 2005, a separação do casal Agostinho e Bebel, de Pedro Cardoso e Guta Stresser, foi o principal gancho do programa. No último episódio do seriado, os dois personagens se reconciliaram e tudo voltou a ser como era antes. Agora, com novos núcleos e uma cidade cenográfica bastante ampliada, o mote principal será a descentralização do núcleo familiar e uma aproximação das histórias com a realidade. "Vamos ter histórias sobre os vizinhos, sobre o clube, lugar que tradicionalmente reúne as famílias da comunidade. O cenário entra com essa função", adianta Cláudio Paiva, autor da sitcom.
Essas mudanças na cidade cenográfica buscam inserir a família Silva em um universo cotidiano mais real. "O grande desafio era exatamente o de não perdermos o charme que o programa sempre teve", ressalta a cenógrafa Luciane Nicolino. E foi pensando em um ambiente mais moderno que a equipe de produção do humorístico incluiu no cenário dois prédios residenciais, um segundo pavimento para o cabelereiro - que será a nova residência de Marilda, personagem de Andréa Beltrão - e um conjunto de quatro casas na antiga pracinha. Além dessas construções, foram feitas reformas na casa dos protagonistas de A Grande Família e na pastelaria do Beiçola, que ganhou um "ar" de botequim, com uma arquitetura característica das décadas de 20 e 30.
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