Bastos conversa com Serra, Tasso e ACM sobre fim das CPIs

 

Politica - 18/02/2006 - 20:57:44

 

Bastos conversa com Serra, Tasso e ACM sobre fim das CPIs

 

Da Redação com Reuters

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Nas últimas semanas, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que tem atuado informalmente na articulação política do governo Lula, tem mantido freqüentes conversas com caciques da oposição, como o atual prefeito de São Paulo, José Serra (PSDB), o presidente do PSDB, senador Tasso Jereissati (CE), e o senador Antônio Carlos Magalhães (PFL-BA). Segundo afirmou à Reuters uma fonte do Ministério da Justiça, que pediu para não ser identificada, o principal tema das conversas tem sido o fim das investigações no Congresso para uma mudança da agenda política do país que possibilite o início do processo eleitoral. Nos contatos, a maioria deles por telefone, representantes do governo e da oposição têm priorizado temas ligados às CPIs dos Correios e dos Bingos. Em conversas cautelosas, Bastos e seus interlocutores demonstram estarem dispostos a se mobilizar para que as investigações parlamentares cheguem ao fim com a apresentação de relatórios eminentemente técnicos. "Nenhum lado quer que haja uma pizza. Até mesmo porque as investigações da Polícia Federal mostram o sentido contrário", disse a fonte. Sem firmar um acordo tácito, os representantes do governo, PSDB e PFL querem que as CPIs deixem de ser usadas para politizar as investigações, que indiquem punições para os envolvidos em irregularidades mas que absolva todos os inocentes. Também tem pesado na aproximação política, a proximidade do encerramento do prazo para definição de candidaturas e para desincompatibilização de cargos públicos, que ocorre em março. Furnas Embora Bastos, Serra, Tasso e ACM sejam amigos e costumem manter contatos entre si, as conversas têm sido mais freqüentes desde a intensificação das investigações sobre supostas irregularidades em Furnas Centrais Elétricas. Em um inquérito sobre possíveis irregularidades em Furnas, a PF investiga uma lista que mostraria políticos da base aliada ao então presidente Fernando Henrique Cardoso que teriam sido beneficiados por um suposto esquema de caixa dois montado a partir da estatal. Essa investigação chegou agora à CPI dos Correios, que ouviu na quarta-feira o ex-diretor de Furnas Dimas Toledo, suposto autor da lista, negar qualquer envolvimento com ela e dizer que a mesma é uma fraude. Sucesso As negociações, ao que tudo indica, estão dando certo. O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), tem afirmado com freqüência que os integrantes da comissão estão trabalhando para possibilitar o encerramento da investigação até o dia 20 de março. Suas afirmações não têm provocado reação na oposição. Por outro lado, o inquérito que apura o chamado "mensalão", em curso na Polícia Federal, também deverá ser concluído paralelamente à comissão. Conduzido pelo Supremo Tribunal Federal (STF), pelo suposto envolvimento de ministro de Estado e de deputados federais nas irregularidades, a investigação teve seu prazo vencido na última quarta-feira, dia 15. Segundo informações de policiais federais ligados à apuração do caso, há um acordo entre STF, Ministério Público Federal e PF para que o processo só retorne ao ministro relator, Joaquim Barbosa, após o Carnaval, quando deverá receber uma nova prorrogação de prazo que permita que a investigação prossiga até o final de março.

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