Mesmo sem o apoio da cúpula do PMDB de São Paulo à sua pré-candidatura à presidência da República, o ex-governador do Rio de Janeiro, Antony Garotinho (PMDB-RJ), diz que apoiará a candidatura de Orestes Quércia ao governo de São Paulo.
Nesta sexta-feira, Quércia, presidente do PMDB paulista, manifestou publicamente o apoio ao governador do Rio Grande do Sul, Germano Rigotto, como pré-candidato do PMDB ao Palácio do Planalto.
O evento, organizado por Quércia, teve a presença do governador de Santa Catarina, Luiz Henrique, e do governador de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos. O PMDB paulista é o principal colégio eleitoral para as prévias.
De acordo com Quércia, "São Paulo tomou partido pela candidatura de Rigotto por acreditar que o governador do Rio Grande do Sul é o único hoje capaz de unir o partido nacionalmente".
Quércia foi duro com Garotinho e disse que o ex-governador do Rio de Janeiro usou o seu nome sem o seu consentimento. "Ele percorreu o Estado de São Paulo usando o meu nome em primeiro lugar, e o dele em segundo, como se estivesse fazendo minha campanha de governador. Não vou criticar isso, mas eu nunca o apoiei", disse.
Sem querer entrar em polêmica, Garotinho preferiu minimizar as declarações de Quércia. "A candidatura dele (Rigotto) é muito importante para as prévias", disse. Garotinho também considerou "normal" a presença de convencionais do PMDB ao encontro em São Paulo.
Palácio do Planalto
Garotinho criticou nesta sexta-feira a postura do Palácio do Planalto, de assediar governadores e prefeitos do partido com liberação de verbas há pouco mais de um mês da realização das prévias do PMDB, que acontecem em 19 de março. Garotinho classifica a atitude de "antiética".
"Isso é aliciamento, é assédio. Não adianta querer comprar o PMDB. O PMDB não está à venda. A força do partido está em suas base", disse, referindo-se ao anúncio da liberação de recursos por parte do governo federal para os estados e municípios dirigidos por governadores e prefeitos do partido.
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