Com a criação de uma comissão liderada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para analisar a possibilidade de abertura de processo de impeachment contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o presidente nacional do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), se manifestou sobre a questão e avisou que as oposições estão em alerta para dar andamento ao processo de impeachment de Lula. "O cumprimento da Constituição não depende do clamor popular", reagiu. Porém, admitiu que, por enquanto, o caso é só objeto de análise.O presidente da OAB, Roberto Busato, também foi cauteloso e disse que é preciso esperar mais e averiguar para entrar com um possível pedido de impeachment. A proposta de impeachment partiu da advogada Elenice Carille, mas é Busato que tem que entrar com o pedido na Câmara, representando a entidade.
A OAB vai procurar organizações não-governamentais, entidades e sindicatos para que juntos analisem a hipótese de impeachment. Na lista de futuras adesões estão a Associação Brasileira de Imprensa (ABI), a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Sindicato dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Unafisco).
Os pefelistas defendem o afastamento de Lula, pois, segundo eles, as denúncias são mais graves que na época do então presidente Fernando Collor de Melo. O questão, para alguns, é que as denúncias não recaem ainda sobre o presidente e sim sobre o partido e seus integrantes.
Para o líder do PFL no Senado, Agripino Maia (RN), as investigações sobre as denúncias de que Cuba poderia ter colaborado com US$ 3 milhões para a campanha de Lula, em 2002, devem ser aprofundadas. Já o líder do partido na Câmara, deputado Rodrigo Maia (RJ), reiterou que as acusações constantes que vêm surgindo ¿provam¿ a incapacidade do presidente de comandar o país.
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