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“Somos reféns dos embarcadores”. Esta afirmação, atualíssima, de um diretor de um grande operador logístico, demonstra que a algo mudando no setor de transportes. Exige-se que os operadores logísticos e transportadores sejam cada vez mais eficientes na prestação de serviços, mas estes deparam com diversos padrões de dados e códigos de barras nas unidades logísticas.
Oferecer serviço eficiente depende de colaboração. As empresas devem pensar em parâmetros que estabeleçam bases colaborativas. Os processos devem basear-se em padrões de comunicação abertos, multissetoriais e confiáveis, que permitam às empresas implantá-los e os multiplicar em meio a todos os parceiros, para que não haja a necessidade de desenvolver uma aplicação diferente para cada um. Outro ponto importante, em se tratando da cadeia de suprimentos, é que as informações precisam ser reaproveitadas por todos os participantes, ou seja, devem ter continuidade desde a origem até o destino final.
O Sistema EAN.UCC é o único padrão que oferece características fundamentais à integração do fluxo físico e de informação entre os elos, pois foi construído para ser um facilitador dos processos da cadeia de suprimentos e não para um fluxo interno isolado. Sua utilização deve ser solicitada às empresas embarcadoras, a menos que os transportadores e operadores logísticos desejem continuar “reféns”.
A GS1 Brasil mantém grupos de trabalho sobre a aplicação do Sistema EAN.UCC. Estes dão destaque à padronização do código de barras em etiquetas logísticas, mensagens EDI e na utilização da tecnologia de identificação por radiofreqüência (EPC Global) aplicada ao setor.
(*)Frederico Cunha é assessor de Soluções de Negócios da GS1 Brasil.
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