O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não tem pressa para realizar as reformas que o país precisa. “Não tenho pressa, até porque a pressa não é sinônimo de perfeição”, afirmou. O presidente disse que não quer fazer nada de “forma atabalhoada ou precipitada”: “Não vamos aceitar nenhuma provocação de nenhum apressadinho que queira colocar o carro na frente dos bois”.
Ele ressaltou que é preciso ter paciência e citou como exemplo um pai e uma mãe que tem “de esperar nove meses para o filho nascer, depois outros 11 para que ele ande e mais 12 meses para que fale papai ou mamãe”. E completou: “É preciso ter a paciência da natureza e trabalhar com a sabedoria do povo para que se possa cumprir o que foi prometido”. Lula garantiu que conhece os problemas do Brasil e tem consciência de que venceu as eleições porque a “situação do País não era boa”. Lula comentou ainda que a sua ida a uma fábrica era simbólica: “O dia em que eu não puder comparecer a uma fábrica é porque realmente não valeu a pena ser presidente da República”.
“Fiz presidentes da Câmara e do Senado”
O presidente respondeu àqueles que, segundo ele, “disseram que ele teria dificuldades nas relações com o Congresso porque não conseguiria ter maioria na casa”. Ele afirmou: “Mas eu fiz a presidência da Câmara e do Senado. Na cabeça deles, tem coisa que não é importante, mas isso é porque eles não têm uma coisa que eu tenho”, disse o presidente, referindo-se à sua própria história de vida e afirmando que “nasceu pobre e, como sindicalista, enfrentou a polícia e greves”.
“Quem sobreviveu a tudo isso e virou presidente da República não tem porque não acreditar que é possível fazer desse País uma grande nação em que se possa viver com dignidade e respeito”, completou Lula.
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