O governador do Estado de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), confirma seu interesse em concorrer à presidência da República, mas acha cedo para definir quem será o candidato de seu partido em 2006. Um dos nomes mais cotados para a candidatura, Alckmin esclareceu que o prazo jurídico para essa definição é junho de 2006, mas o prazo "político" é mais exíguo, no primeiro trimestre do ano. Ele argumenta que discuir esse tema agora dificultaria ainda mais a governabilidade do presidente Lula. Alckmin esteve nos estúdios do Jornal do Terra para conceder entrevista exclusiva, na qual exaltou outros nomes cotados para a candidatura tucana: o do prefeito paulistano, José Serra, o do governador mineiro, Aécio Neves, o do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o do senador cearense Tasso Jereissati. O governador disse ver com bons olhos as, em sua opinião, "várias e boas alternativas" do tucanato. "O PSDB não tem dono, é um partido de bons quadros que não tem nenhum cacique", afirmou.
Em relação às alianças que seu partido deverá formalizar para a disputa, Alckmin disse considerá-las necessárias. Mas nos casos específicos de PMDB e PFL, ele mostrou-se contido, já que ambas as legendas manifestaram interesse em lançar candidatos próprios no primeiro turno. Ele elogiou nomeadamente o prefeito carioca César Maia (PFL) e o governador gaúcho Germano Rigotto (PMDB).
Por fim, o governador tucano ponderou que não é preciso comprar votos para obter apoio parlamentar, em alusão aos escândalos no governo federal. "Isso é uma distorção completa do que seja Política, com 'P' maiúsculo".
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