PT recupera hegemonia na Câmara com 83 deputados

 

Politica - 01/10/2005 - 09:43:53

 

PT recupera hegemonia na Câmara com 83 deputados

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

O PT voltou a ter a maior bancada da Câmara nesta sexta-feira, um dia antes do vencimento do prazo para a troca de siglas partidárias visando as eleições de 2006. Com 83 deputados, o partido do presidente Luiz Inácio Lula superou o PMDB que, após perder nove parlamentares, ficou com 79 integrantes na Casa, informa o jornal Folha de S.Paulo. Em 2002, o PT pegou carona na eleição de Lula e elegeu 91 deputados. O partido manteve a maior bancada até semana passada, quando foi superado pelo PMDB. Impulsionados pela crise política, o PT perdeu sete deputados nas últimas semanas. Cinco deles foram para o Psol, dissidência petista de extrema esquerda, e dois para o PDT. O senador Cristovam Buarque, ex-governador do Distrito Federal e ex-ministro da Educação no primeiro ano do governo petista, também deixou a legenda. Por outro lado, Lula convenceu duas importantes figuras do governo a não se filiarem a outros partidos políticos. O presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que anunciaria sua filiação ao PTB, decidiu não entrar para a legenda após uma reunião com Lula. O presidente da CPI dos Correios, senador Delcídio Amaral (PT-MS), também foi convencido por Lula a não mudar de partido e permanecer no PT. No PMDB, apesar das novas baixas, o partido tem hoje uma bancada superior ao pleito de 2003, quando foram eleitos 75 deputados. O partido ganha ainda com a filiação do ex-ministro Delfim Netto (SP) e dos governadores Paulo Hartung (ES) e Eduardo Braga (AM), diz a Folha. Troca-troca O prazo para novas filiações termina neste sábado, mas, na prática, a situação dos partidos na Câmara ainda poderá mudar nos próximos dias. Isso porque o vencimento do prazo, embora válido para a Justiça Eleitoral, não obriga os deputados a comunicarem imediatamente suas opções partidárias à Secretaria-Geral da Mesa. O Partido Socialismo e Liberdade (Psol), por exemplo, só passará a existir na Câmara dos Deputados na próxima semana. Mas já se sabe que a nova legenda terá sete deputados. Os dois primeiros são Babá (PA) e Luciana Genro (RS), que fundaram a legenda junto com a senadora Heloísa Helena (AL), depois de terem sido expulsos do PT. Além deles, o partido será reforçado por cinco deputados que deixaram o PT nos últimos dias: Chico Alencar (RJ), Ivan Valente (SP), João Alfredo (CE), Maninha (DF) e Orlando Fantazzini (SP). Outra nova legenda do País é o Partido Municipalista Renovador (PMR), que recebeu a filiação do vice-presidente da República, José Alencar. O PMR ainda não tem representante na Câmara. Enquanto surgem novas legendas, outras vão perdendo espaço. Dois partidos que estavam representados no início da atual legislatura não têm mais deputados federais: o Partido da Mobilização Nacional (PMN), que contava com dois parlamentares; e o Partido Social Liberal (PSL), que tinha apenas um parlamentar. O tamanho de cada bancada é levado em conta, por exemplo, na distribuição dos cargos da Mesa Diretora e de vagas nas comissões permanentes da Câmara. De acordo com o Regimento Interno, o critério para a composição da Mesa é, "tanto quanto possível", a representação proporcional dos partidos ou blocos parlamentares. O próprio Regimento, porém, também prevê que essa norma pode ser quebrada quando houver "composição diversa resultante de acordo entre as bancadas". Foi o que aconteceu na eleição da última quarta-feira: o PMDB e o PT - os dois maiores partidos da Casa - abriram mão de suas candidaturas para apoiarem, respectivamente, os deputados José Thomaz Nonô (PFL-AL) e Aldo Rebelo (PCdoB-AL). Dessa forma, uma bancada pequena - o PCdoB, com apenas nove deputados - conseguiu eleger o novo presidente da Casa.

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