O novo Honda Fit EX 1.5 mostra sua potência

 

Autos - 12/09/2005 - 12:19:23

 

O novo Honda Fit EX 1.5 mostra sua potência

Agora ainda melhor, com 25 cv a mais

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Exemplo de que é sempre possível melhorar algo que já está bom, o novo motor Honda 1,5 litro, que passa a equipar a versão EX do Fit, em câmbio manual ou automático CVT, só trouxe benefícios ao monovolume. Tanto que a fábrica já traça a meta de vender 60 mil carros em 2005, divididos em 37 mil Fit (80% 1,4 litro e 20% 1,5 litro) e 23 mil Civic. A novidade chega custando R$ 49.175,00 com câmbio manual e R$ 53.385,00 com a caixa CVT de relações continuamente variáveis. As versões LX e LXL permanecem com o motor 1,4 litro de 80 cavalos de potência. Em 2003, ano de lançamento do Fit, foram 15.091 unidades vendidas (contando a partir do mês de abril). O número saltou para 29.530 unidades em 2004 e no primeiro trimestre de 2005 já foram vendidos 8.475 Fit. A fábrica aposta no novo motor para aumentar as vendas do carro e, assim, atingir o estipulado. Qualidades para isso o Fit apresenta. Quase um carro perfeito em sua proposta, o Fit é bem acabado, tem ótimo espaço interno, com soluções inteligentes e práticas, tem câmbio manual de funcionamento exemplar e automático com sistema sofisticado. É razoavelmente confortável, oferece desempenho agradável com o novo motor (o 1,4 litro não decepciona, mas carece de mais fôlego) e o melhor: é econômico. Defeitos? A suspensão pode ser apontada como um de seus pontos fracos. Sensível às irregularidades do solo, transmite ao interior do carro a dura realidade das estradas e ruas - em especial da Capital paulista, onde basicamente circulamos com o Fit. As curtas relações de marcha do câmbio manual (mesmas do 1,4 litro) também tiram pontos do modelo. Motor Sistema VTEC atua nas válvulas de admissão O motor 1,5 litro tem bloco, cabeçote, cárter e pistões produzidos em liga de alumínio, 16 válvulas, coletor de admissão de plástico e de escape em aço inoxidável, com fluxo cruzado. Desenvolve 105 cavalos de potência a 5.800 rpm e torque máximo de 14,2 kgfm a 4.800 rpm. O sistema VTEC atua, na realidade, em apenas uma das válvulas de admissão, variando eletronicamente a abertura e o tempo dessa válvula, que é acionada por um came menor e mais curto. Em baixo regime de rotação a segunda válvula se abre pouco e logo após a primeira, fechando também com pequeno retardo. Nas faixas de rotação mais altas, o sistema trava a utilização desse came menor e passa a operar apenas com o "regular", abrindo e fechando as válvulas de admissão de forma idêntica. A preocupação da fábrica foi, segundo sua engenharia, garantir maior desempenho sem comprometer o consumo - boa característica já observada no 1,4 litro. De acordo com dados fornecidos pela Honda, que utiliza sistema próprio de aferição, o Fit 1,5 litro com caixa manual faz 11,74 km/l em percurso misto e, equipado com câmbio CVT, chega a 12 km/l, também em percurso variado. São, também, números expressivos que puderam ser comprovados durante a avaliação. Fazendo a medição pelo próprio "computador de bordo" do Fit (que dispõe apenas dessa função, além de hodômetro total e parcial), chegamos a 10 km/l na cidade, rodando no trânsito de São Paulo com o ar-condicionado ligado a maior parte do tempo. Na estrada, a marca foi de 14,3 km/l, trafegando em velocidades entre 120 e 130 km/h, novamente com o ar-condicionado ligado. Desempenho Ganho de potência e torque se faz sentir; câmbio manual é exemplar Comparando-se a potência desse motor com a desenvolvida pelo 1,4 litro, o ganho foi superior a 30%; o torque aumentou em mais de 20%. São dados substanciais, que, somados ao fato de o carro ter ficado somente 5 quilos mais pesado, expressam o prazer de guiar oferecido pela nova configuração. Embora o torque máximo seja obtido em faixa de rotação bem mais elevada do que no 1,4 litro (11,8 kgfm a 2.800 rpm), o valor disponível em baixo regime se iguala àquele do motor de menor cilindrada. Essas informações todas se traduzem em algo simples: o Fit 1,5 litro oferece maior prazer ao volante, seja na cidade, seja na estrada. Ultrapassagens seguras, saídas firmes de semáforo, força para subir ladeiras carregado e nada de "aperto" ou falta de fôlego em trânsito pesado, ao lado de ônibus ou caminhões. A caixa de câmbio manual, avaliada por WebMotors, merece um parágrafo à parte. Engates são muito precisos e macios, a alavanca é leve e oferece ótima "pegada", graças ao pomo arredondado. Exemplo da melhor engenharia japonesa. Pena que, para reduzir custos e facilitar a manutenção, se tenha optado por utilizar nesse modelo as mesmas relações do 1,4 - assim, rodando-se a 120km/h o motor está trabalhando a 4.000 rpm, gerando algum desconforto na cabine por conta do ruído acentuado. Segundo a Honda, o Fit EX 1,5 litro equipado com câmbio manual, como o avaliado por WebMotors, acelera de 0 a 100 km/h em 10,7 segundos e chega a 175 km/h de velocidade máxima (com a mesma caixa, o 1,4 litro faz em 13,1 segundos e chega a 165 km/h). Com o câmbio CVT, os números são 11,1 segundos e 170 km/h (ante 14,4 segundos e 160 km/h do motor 1,4 litro). Conforto Espaço e boa ergonomia; suspensão compromete nota 10 A aparência do Fit pode dividir opiniões, mas seu espaço interno gera unanimidade. Além dos vários porta-trecos, é possível acomodar facilmente objetos de diferentes tamanhos, bastando para isso rebater os bancos - todos ou um só. O conforto do banco e a acomodação dos ocupantes, que têm bastante espaço para pernas longas, sem aperto, também ganham elogios. O motorista tem à disposição regulagem de altura do banco e da coluna de direção (infelizmente, não há regulagem de profundidade). Os comandos estão todos à mão e são igualmente simples de operar. O ar-condicionado funciona com eficiência e o sistema de som com CD player, oferecido de série nessa versão, agrada pela fidelidade sonora. A suspensão, além das curtas relações de marcha no câmbio manual, não dá ao Fit 1,5 a nota 10. Embora eficiente em curvas, transmite à cabine as irregularidades do piso. Diferenças Detalhes em prata e pequenas distinções externas Para identificar a nova versão EX, o modelo traz o emblema VTEC na traseira, do lado esquerdo, e no lado oposto o do Honda Fit, com o pingo no "i" em azul. O Fit EX ganhou volante revestido de couro, detalhes na cor prata na tampa do porta-CD, no rádio, nos acionamentos dos vidros elétricos, na base da alavanca seletora da transmissão (versão CVT) e nas maçanetas internas. Além disso, conta também com abertura automática do bocal de combustível ao destravar as portas e alarme com travamento e destravamento à distância. A direção possui assistência hidráulica e é bastante leve. É um bom nível de equipamentos, considerando-se o valor pago pelo modelo.

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