A CPI dos Correios descobriu, a partir de documentos com dados do sigilo bancário do ex-ministro José Dirceu (PT-SP), que o deputado foi beneficiado com dois depósitos feitos em janeiro e fevereiro de 2003 pela Petrobras em uma conta Banco do Brasil. O pagamento de R$ 4,678 mil seria referente à participação do ex-ministro no conselho administrativo da estatal, segundo o Jornal Nacional. Os depósitos foram feitos na mesma época em que Dirceu trabalhava na casa Civil, mas recebia como deputado. As provas devem ser anexadas ao processo que o deputado está respondendo no Conselho de Ética.
Segundo o deputado Júlio Delgado, relator no Conselho de Ética, Dirceu deve ser o próximo a ser julgado, já que a constituição determina que um deputado que venha a receber dinheiro de órgãos públicos deve perder o mandato.
Dirceu afirmou que um pagamento idêntico já havia sido feito ao senador José Jorge do PFL, que também era conselheiro da Petrobras e estava licenciado como parlamentar. Segundo Dirceu, um parecer da área jurídica da Casa Civil considera regular a permanência dele como conselheiro.
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