O furacão Katrina atingiu hoje Grand Isle, Louisiana, e segue avançando para o continente americano com ventos de 240 km/h, segundo um funcionário dos serviços de meteorologia americanos. A tempestade ameaça alagar a histórica cidade de Nova Orleans. "Nós precisamos reconhecer que podemos experimentar o equivalente ao nosso tsunami asiático em termos de danos e número de pessoas que podem morrer", disse Ivor van Heerden, diretor do Centro de Saúde Pública da Universidade da Louisiana em Baton Rouge, segundo a CNN. A parte norte do olho do furacão cruzou a costa da Grand Isle, uma das ilhas da costa da Louisiana, por volta das 10h GMT (07h de Brasília), disse Martin Nelson, funcionário do Centro Nacional de Furacões de Miami, em uma breve entrevista telefônica. "Mais tarde pode tocar a terra pela segunda vez", acrescentou Nelson.
Os prognósticos do NHC mostram que, apesar de algumas flutuações na sua força, espera-se que entre no continente com muita intensidade entre as 12h (9h) e 14h (11h) GMT. O Katrina perdeu intensidade ao se aproximar da terra firme, passando para quatro na escala Saffir-Simpson, mas ganhou velocidade em seu deslocamento rumo ao território continental do sul dos Estados Unidos e ainda deve causar estragos.
Pelo menos um milhão de pessoas fugiram da região antes da chegada da tempestade. A área já é atingida por chuva, mas ainda não há registro de danos.
O Katrina chegou a ser classificado como categoria 5 (com ventos de 280km/h), mas agora está na categoria 4 da escala Saffir-Simpson. Especialistas em meteorologia fizeram previsões preocupantes sobre Nova Orleans, dizendo que milhares de casas poderão ser danificadas ou destruídas.
À medida que o Katrina passou pelo golfo do México, empresas petrolíferas interromperam a produção de muitas das plataformas offshore, que abastecem um quarto da produção de petróleo e gás dos EUA.
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