A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga um suposto esquema de corrupção nos Correios agendou para esta semana os depoimentos de pessoas envolvidas na gravação que flagrou o ex-chefe do Departamento de Contratação da estatal Maurício Marinho recebendo R$ 3 mil; também de funcionários da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) e do empresário Marcos Valério, dono da agência de publicidade SMB&P, que mantém contratos com os Correios. Para terça-feira, às 9h, estão marcados os depoimentos de Jairo Martins, que seria o responsável pelo equipamento de gravação que flagrou Maurício Marinho recebendo R$ 3 mil e falando sobre um suposto esquema de corrupção na estatal. Também poderão ser ouvidos: José Fortuna Neves, ex-agente do Serviço Nacional de Informações (SNI), que afirmou, em depoimento à Polícia Federal, que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) investigava os Correios a pedido da Casa Civil; Edgar Lange, agente da Abin conhecido como "Alemão", que, de acordo com Fortuna, é quem teria contado a ele sobre a participação da Casa Civil nas investigações; e Caisser Bittar, que teria apresentado o empresário Arthur Washeck (suposto mandante da gravação nos Correios) a Jairo Martins.
Na quarta-feira, a CPI agendou o depoimento do empresário Marcos Valério, dono da agência de publicidade SMP&B. Ele é apontado pelo deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) como o responsável pelo suposto pagamento de mesadas a parlamentares do PP e do PL. "Acho que é um depoimento importante. Vai ser importante até porque tem contratos com os Correios", disse o presidente da CPMI, deputado Delcídio Amaral (PT-MS).
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