O secretário de governo do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, defendeu hoje o lançamento de candidatura própria pelo PMDB nas eleições de 2006. Garotinho disse que, para definir o candidato à presidência da República, o partido decidiu recadastrar seus filiados.
"Hoje temos dois bilhões de filiados no país. Precisamos ver quantos somos e quem somos", disse o secretário, após encontro com o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).
De acordo com Garotinho, depois do recadastramento, deve ser realizada uma primária para a escolha do candidato. Segundo ele, após a aprovação pelo diretório nacional, a primária será realizada em todos os estados, entre outubro deste ano e abril de 2006. No entanto, o líder do PMDB no Senado, Ney Suassuna (PB), não confirmou as declarações de Garotinho e disse que "essa é apenas uma opção. Ainda não há nada decidido".
Anthony Garotinho disse que considera válida a tentativa de aproximação do presidente Lula, mas descarta uma aliança entre PT e PMDB. "Eu acho válida essa tentativa de aproximação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com isso, ele reconhece que o partido é importante na sustentação do governo, tanto na Câmara como no Senado", afirmou. Ele disse que não descarta, porém, a hipótese de conversar com o presidente sobre uma possível aliança. "Nem que fosse para dizer não", ressaltou.
Para as eleições de 2006, Garotinho disse que o PMDB vai chegar unido em torno de um candidato que "defenda os ideais do partido e que faça as transformações necessárias". Já o senador Ney Suassuna destacou que o PMDB só não terá candidato próprio, se o partido não tiver condições de ganhar as eleições. "O PMDB é um partido rico de nomes. Então, será fácil escolher. Só não teremos próprio, se não tivermos chances de vencer", concluiu.
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