Os usuários de telefones celulares vão gastar US$ 1 bilhão por ano com pornografia enviada para seus aparelhos a partir de 2008, impulsionando o setor de serviços sem fio de maneira muito mais intensa do que aconteceu com o acesso fixo à Internet. A informação é de um estudo do Yankee Group, divulgado hoje.
Nos Estados Unidos, os consumidores vão gastar US$ 90 milhões com entretenimento adulto nos próximos quatro anos, disse o Yankee Group.
As operadoras de telefonia móvel, que tentam elevar as receitas com transmissão de dados, têm assumido até agora uma posição relutante em relação a lucrarem com a oportunidade. Apesar disso, muitos analistas da indústria consideram a pornografia como o primeiro serviço lucrativo oferecido pela Internet.
Excluindo os portais de operadoras móveis dos Estados Unidos, que temem as possíveis repercussões de material adulto ser acessado por crianças, metade de todo o tráfego de dados consiste de conteúdo pornográfico, afirma o Yankee.
"O medo está acima da ganância atualmente, mas os dois podem funcionar juntos se as operadoras desenvolverem um mecanismo consistente para protegerem menores, conseguindo lucro com a oportunidade", disse o Yankee.
A unidade britânica da Vodafone, maior operadora móvel do mundo, definiu medidas para proteger crianças de conteúdos impróprios.
A PhoneErotica.com, controlada pela companhia iniciante PhoneBox Entertainment, recebe mais de 75 milhões de acessos a seu site por semana, afirmou o Yankee. A maioria dos usuários somente paga pela transmissão de dados porque o serviço é grátis por enquanto.
A companhia de entretenimento espera fazer com que as operadoras móveis aceitem a cobrança dos serviços por meio de seus sistemas de tarifação por causa de dificuldades com pagamentos com cartões de crédito, diz o Yankee.
As administradoras de cartões de crédito cobram elevadas tarifas dos sites de conteúdo adulto, refletindo o alto volume de tentativas de fraude que atingem estes sites.
Uma pesquisa da PhoneBox também descobriu que uma fatia de somente cinco por cento dos consumidores estaria disposta a enviar dados de cartões de crédito por meio de um celular conectado à Web.
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