Aumentar a área de plantio, a produtividade, as exportações, e diminuir os entraves burocráticos ao setor produtivo. Esses são alguns dos objetivos do novo plano agrícola 2004/2005, anunciado hoje pelo ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues.
São R$ 39,5 bilhões, um aumento de 45% em relação ao atual plano de safra. O juro para a maior parte das operações (empréstimos de custeio, investimento e comercialização) foi mantido em 8,75% ao ano. Os programas de investimento terão recursos do BNDES, fundos constitucionais e Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT). Roberto Rodrigues ressaltou que o país reúne três condições favoráveis para o crescimento do agrone-gócio: terra, acesso à tecnologia e gente. Do total de recursos, R$ 28,75 bilhões serão aplicados em custeio e comercialização. Para a modernização da frota agrícola o governo está disponibilizando R$ 5 bilhões, e os recursos para a renovação de pastagens chegam a R$ 600 milhões. Reconhecendo que as verbas são sempre insuficientes para o agronegócio, o ministério da Agricultura inovou para buscar recursos no setor privado. De acordo com Roberto Rodrigues, estão sendo lançados papéis no mercado financeiro que dão mais garantias ao produtor. “Ainda não sabemos o volume de recursos que serão levantados, pois essas operações levam tempo. O principal objetivo é que o governo não seja um entrave para o crescimento do agronegócio”, disse o ministro. Entre os novos papéis, estão o Certificado de Recebíveis do Agronegócio (CRA) que pode ser emitido por bancos, empresas de securitização e empresas, levantando recursos junto a investidores. Otra modalidade é o Certificado de Depósito Agropecuário (CDA), representando a promessa de entrega de produto agropecuário em armazém. Já o Warrant Agropecuário (WA) será um título de crédito conferindo direito de penhor sobre o produto descrito no CDA. Com todas as novidades o ministro Roberto Rodrigues acredita que a agricultura nacional dará um grande passo, ganhando credibilidade e confiança no mercado interno e externo. Outro ponto anunciado no novo plano é a regulamentação da lei do seguro rural, diminuindo os riscos dos produtores. Para que o seguro entre em operação, faltam a definição da estrutura de gestão, o tamanho da subvenção e as regiões prioritárias que serão atendidas.
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