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Com objetivo de incrementar o trabalho de prevenção das doenças sexualmente transmissíveis (DST) entre os homossexuais e garantir o respeito à diversidade humana, a Prefeitura de São Bernardo vai realizar, dia 28 de novembro, no Pampas Palace Hotel, o 1º Fórum Homem Sexo com Homem (HSH), projeto implementado recentemente pela administração municipal. “O nosso desafio é diminuir o número de casos de Aids entre os homossexuais, que vem crescendo não só no município, como em todo o país”, afirmou a coordenador do Programa Municipal de DST/Aids, Dr. Carlos Alberto de Oliveira.
Parte integrante do Programa Municipal de DST/Aids, o HSH possui seis agentes de campo que visitam bares, boates, cinemas, entre outros pontos de encontro para conscientizar os homossexuais quanto à prevenção de doenças. Além de distribuir panfletos educativos e preservativos, os agentes também convidam os freqüentadores a participar do Grupo Vice-Versa.
Nesse grupo os homossexuais, que se encontram uma vez por mês sob orientação de uma psicóloga, discutem vários temas e são estimulados a se tornar multiplicadores da prevenção das DSTs. “O nosso trabalho é aceito e muito elogiado. Somos cobrados quando demoramos para voltar ao estabelecimento. Já estamos criando um vínculo com a comunidade“, disse o agente de campo RRS.
A integração de vários serviços oferecidos pelo Programa de DST/Aids – criado em 1993 e que já realizou mais de 1,5 mil atendimentos – aliada a um atendimento humanizado e contínuo pela Secretaria de Saúde de São Bernardo do Campo, tem resultado numa significativa diminuição do índice de mortalidade por Aids. Em São Bernardo, a taxa de óbitos, que alcançou seu pico em 1993, foi de 13,7 diminuindo em 2.000 para 4,1%. Entretanto, estudos realizados bairro a bairro pelo programa mostram um crescimento da doença entre os homossexuais menores de 25 anos no município. Em 2.000, São Bernardo apresentou 28,5% de casos de Aids nesse público, ficando um pouco acima do índice brasileiro, que é 26,1%.
Redução – São Bernardo tem tido sucesso na diminuição do número de casos de Aids em usuários de drogas, que em 1991 alcançou 24,7%, diminuindo para 4,1%, em 2.000 e a transmissão da doença por transfusão de sangue não acontece no município desde 1997. “Isto mostra que o trabalho de prevenção e conscientização realizado pelo programa está dando certo”, completou o coordenador.
Serviço – O Centro de Orientação e Apoio Sorológico (COAS), que faz parte do Programa DST/Aids, ministra palestras sobre as doenças sexualmente transmissíveis e realiza exames de sangue para Sífilis, HIV e Hepatite B e C para todos os munícipes, das 9h às 11h, todas as terças e quintas-feiras.
Além disso, o programa conta com outros serviços: orientação e aconselhamento em DST e Aids; tratamento por medicamentos; grupo de atendimento aos profissionais do sexo; assistência médica, psicológica, odontológica e serviço social ao paciente HIV+; Centro de Referência em Violência Sexual e o disque Aids, que fornece informações sobre a doença e o Programa.
O Programa Municipal de DST/Aids e o Projeto HSH funcionam no Ambulatório de Especialidades Médicas, na Avenida Armando Ítalo Setti, 402, 3º andar, sala 300 – Centro. Disque Aids: 08007723233.
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