A idéia é unificar os padrões usados pelas instituições financeiras, aproveitando o formato criado recentemente pela Receita Federal, o e-CPF, afirmou hoje o diretor de tecnologia e automação bancária da Federação Brasileira da Bancos (Febraban), Carlos Eduardo da Fonseca.
Metade dos cerca de 160 bancos do país usa algum tipo de assinatura digital em suas operações. “A Febraban está recomendando o uso do e-CPF em todas as transações dos bancos e, dentro de um a dois anos, teremos um grande volume de correntistas usando assinatura digital”, disse Fonseca a jornalistas.
A assinatura digital é um sistema de códigos que permite garantir que os dois lados de uma troca de informações são realmente quem dizem ser. Esse sistema pode impedir fraudes como as que vêm ocorrendo em operações bancárias pela Internet, quando sites de bancos falsos atraem clientes desavisados que fornecem suas informações confidenciais.
A tecnologia também impede que dados sejam interceptados no trânsito entre o banco e o cliente, por exemplo. O padrão criado pela Receita Federal, de 1.024 bits, já é usado por alguns bancos, mas como não há uma padronização da tecnologia no setor, os custos são elevados.
Fonseca não especificou os investimentos do setor no uso de tecnologias de segurança como a assinatura digital, mas citou que os gastos previstos pelo setor em tecnologia este ano são de R$ 11,5 bilhões, cerca de 4,6% maiores que em 2003.
Além da padronização, o setor bancário discute formas de baratear a tecnologia, pois equipamentos leitores de assinaturas digitais custam cerca de US$ 100, afirmou Fonseca.
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