O acordo de redução temporária do IPI sobre veículos começa a mostrar resultados positivos, segundo o balanço do mês de setembro, divulgado ontem pela Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).
A produção de veículos em setembro atingiu 163,8 mil unidades, resultado 22,5% superior ao registrado em agosto e 5,7% maior ao de setembro de 2002. No acumulado dos primeiros nove meses do ano, a produção cresceu 1,5% em relação a igual período de 2002, chegando a 1,34 milhão de unidades.
O licenciamento de veículos novos, índice que mostra o comportamento das vendas no mercado interno, cresceu 24,1% em setembro em relação a agosto. Foram licenciadas 125 mil unidades. Mas, em comparação a setembro de 2002, houve redução de 3,6%.
A queda dos juros e as promoções das montadoras também contribuíram para a melhoria das vendas no setor. A redução do IPI, anunciada em agosto, prossegue até o fim de novembro. O presidente da Anfavea, Ricardo Luiz dos Santos Carvalho, não prevê um novo acordo com o governo federal. "O compromisso assumido é um compromisso marcado para o dia 30 de novembro. E é nisso que nós temos nos pautado".
As exportações das empresas associadas à Anfavea (automóveis, caminhões, ônibus máquinas agrícolas, motores e autopeças) atingiram US$ 580,3 milhões em setembro, número 11,6% superior a agosto, um recorde de faturamento desde março de 1999. Em relação a setembro de 2002, o salto foi de 58,1%. No acumulado do ano até setembro, as exportações atingiram US$ 3,91 bilhões, registrando aumento de 38,8% em relação a igual período de 2002. Ricardo Carvalho ressaltou, no entanto, que a as exportações representam apenas 16% da capacidade produtiva do setor no Brasil.
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