icente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação
Neste artigo, exploraremos o conceito de parasitismo no contexto do Estado e suas profundas consequências na sociedade. Acompanhe-nos nesta jornada através dos mundos contrastantes dos serviços públicos e privados.
Mas antes vamos a algumas definições:
Por definição, o parasitismo é uma relação interespecífica em que um dos envolvidos é prejudicado. Nessa interação, um organismo (parasita) instala-se em outro (hospedeiro) com o objetivo de alimentar-se dele.
Ou seja, o parasita é o organismo que retira do outro ser vivo os nutrientes necessários para sua sobrevivência e o hospedeiro aquele que é parasitado.
Compreendendo o Parasitismo
Para entender o conceito de parasitismo no contexto burocrático, é fundamental explorar sua definição fundamental. O parasitismo é uma forma de relação interespecífica na qual um organismo, conhecido como parasita, prospera à custa de outro organismo, o hospedeiro. O parasita extrai os nutrientes necessários do hospedeiro, colocando em risco o bem-estar deste último.
O Estado como Parasita
Parasitismo nos Serviços Públicos
Apesar da inegável ineficiência do Estado em cumprir suas funções pretendidas, ainda existem defensores de um Estado grande. Essa prática revela um contraste acentuado entre a qualidade dos serviços oferecidos pelo Estado e aqueles oferecidos pelo setor privado.
Invariavelmente, são os cidadãos mais vulneráveis, aqueles que dependem dos sistemas públicos de saúde, segurança e educação, que suportam o fardo da incapacidade do Estado de cumprir razoavelmente suas obrigações. Mas por que as empresas privadas superam consistentemente os serviços públicos?
Superioridade do Setor Privado
O Motivo do Lucro
Empresas privadas, impulsionadas pela necessidade de lucro, são incentivadas a agradar seus clientes, oferecendo serviços de alta qualidade. A falha em fazer isso resultaria na migração dos clientes para alternativas. Em contraste, as empresas estatais geram receita a partir de impostos obrigatórios, independentemente da qualidade do serviço ou da satisfação do cliente.
O Impacto na Sociedade
As consequências da incompetência estatal são sentidas de forma desproporcional, com o ônus recaindo pesadamente sobre os segmentos de menor renda da população. A carga tributária mais alta sobre esses indivíduos agrava sua situação.
Perguntas Frequentes
O termo "parasitismo" está sendo usado metaforicamente aqui?
Como as empresas privadas garantem a qualidade do serviço?
Você pode fornecer exemplos de ineficiência estatal?
Existem vantagens em um Estado grande?
Qual é o papel da tributação nesse cenário?
Como a ineficiência estatal pode ser abordada?
Isso é um problema global ou varia de país para país?
Existem histórias de sucesso de serviços públicos administrados pelo Estado?
Como os cidadãos lidam com esses desafios?
Brasil
No Brasil, o parasitismo estatal é mais claro do que em qualquer outro lugar. O Estado suga quase 40% das riquezas produzidas pelo povo e em troca dá um aparelho de segurança pública falido, que não inibe o crime e muitas vezes ainda atua contra o cidadão, uma Justiça lenta e inoperante, uma rede de hospitais decadentes que mais se assemelham a frigoríficos do que a locais de tratamento e um conjunto de "escolas" que muitas vezes sequer tem carteiras, quanto mais professores. Vamos ver alguns exemplos que, notadamente, mostram como as empresas reagem ao parasitismo estatal.
No caso do McDonald's, por exemplo, vimos que diversas "máquinas" substituíram os atendimentos, ou seja, eficiência e custos menores e menos "trabalhadores". Esta tendência já pode ser observada em lojas como a Renner e alguns supermercados, por exemplo, onde o autoatendimento eletrônico substitui os caixas.
A UBER é outro exemplo. Nos Estados Unidos, isso já é uma realidade. Cidades como Houston (Texas), Los Angeles, Mountain View e São Francisco (Califórnia) estão convivendo com carros autônomos no trânsito, especialmente por meio de aplicativos de transporte, como a Uber. A tendência seria trocar o atendimento humano por máquinas, onde o investimento das empresas seria uma única vez (exceto manutenção) e reduziria os custos de impostos e taxas abusivas.
Como foi menciononado preocupações sobre o que chama de "parasitismo estatal" no Brasil, destacando o alto nível de tributação e a percepção de que os serviços públicos, como segurança, justiça, saúde e educação, frequentemente não atendem adequadamente às necessidades dos cidadãos. Além disso, você apontou exemplos de como as empresas estão respondendo a esse ambiente regulatório.
A automação e a substituição de trabalhadores por máquinas, como observado no setor de fast food e em algumas lojas de varejo, são uma tendência global. Isso ocorre porque as empresas buscam eficiência e redução de custos. A automação pode ser vista como uma resposta a altos encargos trabalhistas e tributários, além de oferecer uma solução para melhorar a eficiência operacional.
No setor de transporte, a Uber e outras empresas de tecnologia têm explorado a ideia de carros autônomos, o que poderia potencialmente reduzir os custos associados aos motoristas humanos. No entanto, a implementação generalizada de veículos autônomos ainda enfrenta desafios regulatórios e tecnológicos significativos.
A decisão de substituir trabalhadores humanos por máquinas é complexa e tem implicações sociais e econômicas. Embora possa reduzir custos para as empresas, também levanta questões sobre o impacto no emprego e na sociedade em geral. Muitos países estão debatendo como equilibrar a automação e a eficiência com o bem-estar dos trabalhadores e a manutenção de um equilíbrio social adequado.
Em relação à questão tributária, a tributação é uma fonte importante de receita para o Estado, mas também deve ser equilibrada para não sobrecarregar a economia e desestimular o crescimento. A política fiscal é frequentemente objeto de debates e reformas para atingir esse equilíbrio.
É importante destacar que as políticas fiscais, as regulamentações e as tendências de automação podem variar significativamente de país para país, e é fundamental considerar as implicações específicas de cada contexto.
Praia Grande, SP, cria novas regras para empresas e motoristas por aplicativos
A nova lei de regulamentação do transporte por aplicativos em Praia Grande, São Paulo, é uma medida destinada a estabelecer regras e controle sobre essa atividade na cidade. Prevista para entrar em vigor em novembro, essa legislação imporá obrigações tanto às empresas quanto aos motoristas que prestam serviços por meio de aplicativos.
De acordo com a administração municipal, o objetivo principal da iniciativa é organizar e fiscalizar o transporte por aplicativos na cidade, promovendo maior segurança para motoristas e passageiros. A lei, de número 2169, foi aprovada pela Câmara Municipal em junho e sancionada pela prefeita Raquel Chini no início de julho, demonstrando o compromisso do poder público com essa regulamentação.
Algumas pessoas veem a regulamentação desse tipo de atividade como uma forma de aumento da arrecadação do Estado, por meio da imposição de taxas e impostos. Empresas como a Uber e outros serviços de transporte por aplicativos têm algumas opções em resposta a essas regulamentações: elas podem optar por cumprir as novas taxas e impostos, retirar-se da cidade onde as regras são mais rigorosas ou, em situações federais, recorrer a modelos de atendimento autônomo.
Empresas privadas estão focadas em obter lucro, e quando a intervenção do Estado impõe limitações significativas, elas buscam maneiras de reduzir custos e manter a qualidade de seus serviços. Isso pode incluir a automação, como observado na indústria automobilística, onde robôs são utilizados na produção para reduzir custos, minimizar questões trabalhistas e garantir eficiência.
Em resumo, a regulamentação do transporte por aplicativos em Praia Grande é uma resposta do Estado para garantir a segurança e organização dessa atividade, enquanto as empresas privadas precisam se adaptar a essas mudanças para continuar operando de maneira eficaz.
Conclusão
Em resumo, o conceito de parasitismo pode ser estendido à ineficiência de um Estado superdimensionado, onde os serviços públicos ficam aquém e não atendem às necessidades da população. Empresas privadas, motivadas pelo lucro, superam consistentemente os serviços estatais. O ônus da incompetência estatal recai de forma desigual sobre os mais vulneráveis na sociedade.
As consequências da ineficiência estatal são profundas e têm implicações no mundo real para os cidadãos. Compreender a dinâmica desse problema é fundamental para moldar uma governança mais eficaz.
* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação, esteve à frente de diversas campanhas eleitorais como consultor político e de marketing, foi executivo de marketing em empresas nacionais e multinacionais, palestrante nacional e internacional para temas de marketing social, cultural, esportivo e de trasnporte coletivo, além de ministrar aulas como professor na área para 3º e 4º graus - www.barone.adm.br