O Ministério das Relações Exteriores aguarda informações mais precisas da embaixada brasileira em Telaviv, em Israel, para definir como se posicionar diante da possibilidade de uma guerra no Oriente Médio. Caso o conflito se torne iminente, o governo brasileiro poderá optar pelo esvaziamento das embaixadas e escritórios diplomáticos da região, por medida de segurança. A tensão se agravou na região desde que o governo israelense decidiu iniciar o processo de expulsão do líder da Autoridade Palestina, Yasser Arafat. A posição do Itamaraty, por enquanto, é a de apostar nas negociações de paz entre árabes e judeus, mediadas pelos Estados Unidos.
O ministro-conselheiro da Embaixada de Israel, Eitan Sarkis, disse que a intenção de afastar Arafat do território é uma tentativa de buscar "líderes mais moderados" entre os palestinos. “Desde que Israel virou um Estado, em meados do século passado, os palestinos vêm sistematicamente desperdiçando as oportunidades de paz", acusa.
Por decisão das Nações Unidas, o Estado de Israel foi criado em 1948. Desde sempre viveu em permanente beligerância com seus vizinhos árabes. Além da questão religiosa que divide judeus e muçulmanos, há o problema da ocupação militar israelense de diversas áreas da Palestina. A política israelense de assentar colonos judeus nos territórios ocupados também tem sido foco permanente de revolta na região. O conflito tem gerado uma cultura de ódio dos dois lados. Cada vez que um homem-bomba mata civis israelenses, os judeus revidam com ações militares na Palestina.
Os Estados Unidos se declararam contrários à expulsão de Yasser Arafat _ pelo menos a curto prazo. A União Européia e o Egito também se posicionaram desfavoráveis à decisão de Israel.
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