Maura Lígia ex-secretária de Educação e atual vice-prefeita de Praia Grande, tornou-se alvo do Ministério Público e corre o risco de ser exonerada do cargo, por improbidade administrativa.
No prossesso do MP, Maura e mais nove funcionários públicos da cidade são acusados de fraudar a licitação que contratou, em 2011, a empresa que forneceu uniformes escolares às unidades municipais de ensino.
Em 2015, meias idênticas às distribuídas pela Secretaria de Educação de Praia Grande aos alunos, entre 2011 e 2012, foram flagradas por uma moradora da região sendo comercializadas em uma loja na região do Brás, na capital paulista.
Na época, por meio de nota, a prefeitura informou que desconhecia o caso e que cobraria um posicionamento da empresa vencedora do pregão, a 11A Uniformes e Serviços Ltda.
A 11A e a Nilcatex, que chegaram ao final do pregão, também estão sendo denunciadas, assim como os sócios das empresas.
Segundo o promotor Marlon Machado Fernandes, a Nilcatex deixou a licitação de repente porque, na verdade, também lucrou. Ela fornecia material para a vencedora 11A. As duas empresas ainda são alvos do Tribunal de Contas do Estado, por irregularidades em contratos com outras prefeituras. O Ministério Público de Praia Grande apontou irregularidades na licitação.
Nova denúcia
Em Março desde ano (2017), a equipe do "Boca no Trombone" fez uma denúcia sobre os gastos milionários que a prefeitura vem fazendo todo ano na compra de uniformes que nunca chegam aos alunos.
Só em 2017 foram gastos R$ 3.814.843,91 (três milhões, oitocentos e quatorze mil, oitocentos e quarenta e três reais e noventa e um centavos), em kits de uniformes escolares.
A prefeitura de Praia Grande gastou nos ultimos dois anos (2016/17) com uniformes escolares, cerca de 7.510.923.00 ( sete milhões, quinhentos e dez mil e novecentos e vinte três reais).
Apesar de constar todo ano no site da Prefeitura a declaração de que foram entregues milhares de uniformes, isto não ocorre há 2 anos para muitas familias. Recebemos todos os dias centenas de reclamações de que seus filhos estão usando unformes de anos atrás.
“As crianças estão com os uniformes velhos, justos, remendados. O uniforme de “Educação Física” que eles dizem ter entregado ano passado, nunca foi entregue. As crianças tem que fazer as atividades físicas com shorts sem elasticidade, de tactel, que são muito quentes para o clima local, causam assaduras e frequentemente rasgam durante a aula expondo às crianças ao ridículo”, debafa uma mãe que preferiu não se indentificar.
Esse ano a prefeitura fechou contrato de R$ 3.814.843,91 (três milhões, oitocentos e quatorze mil, oitocentos e quarenta e três reais e noventa e um centavos), em kits de uniformes escolar. O contrato foi assinado no dia 17 de março deste ano, a empresa tem até 45 dias para entregar os uniformes nas escolas mediante orientação da SEDUC.
Com informações de Boca no Trambone