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Angústia e insegurança diante de qualquer problema são sintomas de baixa estima, muito comum em adultos. Mas, o que muitos pais desconhecem é que a criança também pode enfrentar o mesmo problema. Segundo Graziela Zlotnik Chehaibar, "alta ou baixa estima é a idéia positiva ou negativa que cada um faz de si mesmo, a confiança depositada na própria capacidade de vencer um obstáculo ou de deixar-se vencer por ele".
A psicóloga afirma que ninguém nasce com sentimentos de avaliações pessoais, ou seja, a alta ou baixa estima não é um problema de nascença. "Alta estima depende muito do amor que recebemos dos pais, mas não se resume apenas a isso. Inclui também autoconfiança, sociabilidade saudável e apoio dos adultos", ressalta Graziela.
A impaciência dos pais dificilmente é compreendida pela criança. Ela sentirá uma sensação de mal-estar e falta de proteção. Por isso, as cobranças relativas ao desempenho escolar, devem ser equilibradas apontando as faltas e suas conquistas. A criança precisa acreditar para enfrentar as dificuldades da vida. O controle nunca deve cair em radicalismos, que levam a criança a conclusões nada positivas, como "sou um fracasso", "não tenho capacidade", "sou feia", "sou má", "papai e mamãe não gostam de mim" etc. Se esses tipos de questionamentos continuarem até a puberdade e na juventude, há a possibilidade de complicações no amadurecimento da pessoa.
"A construção da alta estima da criança depende basicamente do amor dos pais, sendo este o alicerce da vida. Vale destacar que amor e carinho são bem diferentes de mimo, que representa conquistar tudo na vida facilmente. O amor é um combustível na busca da felicidade", alerta Graziela. "A regra básica é atender às necessidades das crianças e não aos caprichos delas. É importante entender que a alta ou a baixa estima são sentimentos mutáveis. Ninguém vive só com alta ou baixa estima. Estamos em constante movimento", conclui.
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