Trump assina ordem para construção de muro na fronteira dos EUA com o México
Da Redação com agências
Foto(s): AFP
Presidente Donald Trump assina ordem executiva para construção de muro na fronteira com o México
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, assinou ordem executiva nesta quarta-feira (25) para dar início à construção de um muro ao longo da fronteira com o México, além de congelar recursos públicos para cidades que se negam a prender e a deportar imigrantes em situação irregular. As informações são da Agência France Presse.
A construção do muro é uma das mais polêmicas propostas da campanha eleitoral de Trump, que insiste em que o México pagará pela obra de alguma forma.
Trump assinou as ordens em cerimônia nas instalações do Departamento de Segurança Nacional, cujo novo titular, o general reformado John Kelly, foi confirmado pelo Senado na sexta-feira passada. Além de acelerar a construção do muro, os documentos firmados preveem a redução de repasses federais para as chamadas cidades-santuário, que não detêm imigrantes ilegais nos EUA.
Em cidades com São Francisco, autoridades locais, frequentemente democratas, se recusam a cooperar com o governo federal para agir contra imigrantes ilegais. "O povo americano não vai mais ser forçado a subsidiar essa negligência em relação a nossas leis", disse o porta-voz da Casa Branca, Sean Spicer.
A mão dura com a imigração foi uma das promessas da campanha eleitoral de Trump, que superou a democrata Hillary Clinton. Além do muro nos cerca de 3,2 mil quilômetros de fronteira com o México, Trump prometeu deportar 11 milhões de imigrantes ilegais que vivem no país.
Em entrevista à emissora ABC News nesta quarta-feira, Trump afirmou que a construção do muro terá início nos próximos meses, e que o México restituirá "100% dos custos" aos EUA.
"Construir essa barreira [o muro] é mais do que uma promessa de campanha. É senso comum que se trata de um primeiro passo para realmente garantir a segurança de nossa porosa fronteira", disse Spicer antes da assinatura das medidas. "Isso vai barrar o fluxo de drogas, crime, imigração ilegal para os Estados Unidos."
Também espera-se que Trump assine nos próximos dias decretos que reduzem o número de refugiados que ganham o direito de se instalar no país e proíbem a entrada, ao menos temporariamente, de imigrantes de "nações propensas ao terrorismo". A emissora CNN afirmou que os países afetados pela proibição de entrada são Síria, Líbia, Somália, Irã, Iraque e Sudão.
Desde que assumiu a presidência, na última sexta-feira, Trump já assinou outras ordens executivas controversas, cumprindo promessas de campanha. Entre elas estão a retirada dos EUA da Parceria Transpacífico (TPP, na sigla em inglês), que prometia ser o maior acordo comercial da história, e a retomada de dois controversos projetos de oleodutos.