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As mudanças promovidas na estrutura do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) garantirão maior agilidade à instituição e permitirão que a atuação do vice-presidente, Darc Costa, seja mais interna. A informação é do presidente do BNDES, Carlos Lessa, para quem "é absolutamente inadministrável um banco operar com 27 superintendências, sem tempo para que todos se vejam sequer no Natal, quanto mais no dia-a-dia".
As superintendências foram reduzidas para apenas 10; foram extintos 10 dos cerca de 70 departamentos existentes; e remanejados alguns dos cinco diretores – alguns trocaram de função. Eles ficarão sob a coordenação do vice-presidente.
Em entrevista coletiva ontem (26) à noite, Lessa explicou que "as alterações foram feitas porque achamos que seriam melhores para a operacionalidade da instituição. Ninguém foi demitido ou perdeu salário. Foi simplesmente como rearrumar os móveis da casa, só que nenhum móvel foi jogado fora". E acrescentou: "Darc Costa ficará mais livre para acompanhar as ações interativas entre os diretores do Banco e me deixará mais espaço livre para atuar externamente”.
Para Carlos Lessa, que negou com certa veemência que o BNDES esteja parado "como andam afirmando", a queda de 27% no volume de consultas e análises é conseqüência direta da situação macroeconômica do País, com retração de investimentos no plano interno e externo.
“É até surpreendente dizerem que o BNDES está parado. Isso tem a ver com a macroeconomia. Por que grandes empresários vão tomar grandes decisões e trazer grandes projetos para aprovação se não sabem quanto a economia vai crescer?", questionou.
E concluiu: “Se vocês observaram os créditos para pequenos e médios empresários, houve até um certo avanço, uma prova de que a infra-estrutura do banco está se movendo. Mas é verdade que neste ano apenas um grande projeto foi aprovado na área da indústria – o Veracel, no setor de celulose, onde aliás esperamos a viabilização de outros grandes projetos até o final do ano”.
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