Para o investidor não há nada pior do que mudar a regra no meio do caminho. A afirmação é do vice-presidente da Associação Nacional de Investidores do Mercado de Capitais (Animec), Gregório Rodriguez, referindo-se ao reajuste das tarifas telefônicas.
Segundo ele, o reajuste com base no Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) e não no Índice Geral de Preços - Disponibilidade Interna (IGP-DI), como previsto nos contratos, está afugentando investimentos no setor de telecomunicações, especialmente aqueles vindos do exterior.
Rodriguez afirmou que "enquanto não houver regras claras os investimentos vão continuar parados". O vice-presidente acrescentou que os acionistas do setor querem participar da discussão do reajuste das tarifas de telefonia. "Os acionistas não estão sendo levados em conta", disse.
O empresário ressaltou que as ações das companhias telefônicas no país estão depreciadas em relação às ações das congêneres no exterior. Chega até mesmo a um terço do valor das estrangeiras, afirmou. O representante da Animec prevê um cenário trágico caso esses investimentos não retornem a contento: "A tendência é que os serviços fiquem piores com perda de qualidade para a população", finaliza Rodriguez.
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