Alckmin inaugura a pavimentação ecológica da Estrada Parque Dr. Carlos Botelho
Da Redação com agências
Foto(s): Divulgação / A2img / Eduardo Saraiva
Governo entrega pavimentação da Estrada do Parque EstadualvCarlos Botelho
O governador Geraldo Alckmin visitou o município de São Miguel Arcanjo neste domingo, 22, para a inauguração da obra de pavimentação ecológica da Estrada Parque Dr. Carlos Botelho (SP-139), entre Sete Barras e São Miguel Arcanjo. Com mais de 30 quilômetros de extensão, esta é a maior obra de pavimentação ecológica já realizada no país.
“Esta é a primeira estrada-parque do Estado de São Paulo, em plena Mata Atlântica, e vai fortalecer muito o turismo. As pessoas virão conhecer essa beleza do rio Taquaral, essas águas limpas, a mata nativa preservada. O ecoturismo gera muitos empregos, e assim fortalecemos os municípios da região”, disse o governador Geraldo Alckmin durante a visita.
O governador explicou como foi feita a estrada ecológica: “A estrada tem 33 quilômetros e nada de asfalto. Esse calçamento foi um quebra-cabeças de 10 milhões de pecinhas intertravadas, que permitem a infiltração das águas e preservam as condições naturais da Mata Atlântica. Os visitantes vão poder percorrê-la como quiserem: a pé, de bicicleta, moto, carro. Ela também é uma ligação estratégica do litoral sul de São Paulo e do Vale do Ribeira com a região de Sorocaba”.
O Departamento de Estradas de Rodagem (DER), órgão vinculado à Secretaria de Logística e Transportes, investiu R$ 54,7 milhões no empreendimento, com recursos do Tesouro do Estado. A empresa Lacon Ltda., responsável pela execução, deu início aos serviços em outubro de 2013. Durante a realização, 772 novos empregos foram gerados, dos quais 193 diretos e 579 indiretos.
A pavimentação ecológica consiste na aplicação de bloquetes intertravados que permitem maior escoamento de água, não conservam calor e são de fácil manutenção. Além disso, após a abertura da pista para tráfego de veículos, o ruído gerado pelo atrito entre os pneus e os bloquetes contribuirá para afugentar os animais.
Para viabilizar a obra, a coordenadoria de Meio Ambiente do DER desenvolveu o Relatório Ambiental Preliminar (RAP) e obteve da Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental (CETESB) todas as licenças necessárias, inclusive para supressão de vegetação.
Os procedimentos estabelecidos pela Resolução Conjunta SMA/ST nº 006, de 16 de setembro de 2010, foram atendidos. Diversos programas ambientais foram aplicados durante a execução, como controle de supressão de vegetação, resgate de fauna e flora e programa de educação ambiental. Um ambulatório veterinário foi especialmente montado no canteiro de obras para prestar o devido atendimento aos animais silvestres. Uma estufa também foi montada para o cultivo de espécimes de plantas e flores nativas retiradas durante as obras.
Operação da Estrada Parque
Com a inauguração da obra e a abertura da rodovia ao tráfego, o acesso de veículos ao parque será devidamente monitorado. Fichas de controle de acesso serão preenchidas e entregues aos motoristas nas portarias de acesso à área, com devolução na saída. Com isso, o tempo de permanência no parque será controlado, o que permitirá monitoramento tanto por parte da administração, quanto do DER. Será possível saber quantos veículos estão circulando pelo local, se são turistas ou apenas estão de passagem, entre outras informações.
Além disso, o DER planeja a implantação de câmeras de monitoramento e radares. O limite máximo de velocidade será de 40 km/h, reduzido para 30 km/h no trecho de serra e para 20 km/h nas curvas acentuadas. O tráfego de caminhões e cargas perigosas foi restrito, e o limite de peso é de nove toneladas. Essas medidas permitirão também coibir a extração ilegal de palmito nas dependências do parque, pois os dados do veículo serão coletados e sua permanência, controlada.
O parque
O Parque Estadual Carlos Botelho é administrado pela Fundação Florestal, vinculada à Secretaria do Meio Ambiente. Situado na Serra de Paranapiacaba, região sudeste do Estado, o Parque ocupa uma área de 37.644,36 hectares, passando pelos municípios de Capão Bonito, São Miguel Arcanjo, Sete Barras e Tapiraí.
