Datafolha aponta que aprovação de Dilma continua em 13%
Da Redação com agências
Foto(s): Divulgação / Arquivo
O governto de Dilma Rousseff é considerado regular por 27% dos entrevistados
A aprovação do governo Dilma se manteve estável em 13% de bom e ótimo, segundo pesquisa Datafolha divulgada neste sábado (11). É o mesmo percentual da pesquisa anterior, realizada em março. O índice de ruim ou péssimo ficou em 60%, dois pontos a menos que no outro levantamento.
De acordo com a pesquisa, entre os que avaliam negativamente o governo, não existe uma predominância de perfil: atinge todos os segmentos analisados. Mas, embora a avaliação seja ruim, os números indicam que houve uma interrupção na queda de popularidade do governo.
Entre os pesquisados, 27% consideram o governo regular, 59% consideram o governo de Dilma ruim ou péssimo e 1% não souberam responder. Para o levantamento foram entrevistadas 2.834 pessoas, de 171 municípios, entre os dias 9 e 10 de abril. A margem de erro é de dois pontos percentuais.
Vale lembrar que pouco antes de sofrer o impeachment, em 1992, Fernando Collor tinha 9% de aprovação.
A Pesquisa - Análise
Quase dois terços dos brasileiros (63%) afirmam que, considerando tudo o que se sabe até agora a respeito da Operação Lava Jato, deveria ser aberto um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff.
O desconhecimento a respeito do que aconteceria depois disso, porém, é grande.
No grupo dos que defendem a abertura de um processo que, no fim, poderia resultar na cassação da petista, só 37% sabem que o cargo de presidente ficaria com o vice. Quando instados a mencionar o nome do vice, metade desse subgrupo erra.
Embora o maior grupo da população apoie a abertura do processo de impeachment –posição que nenhum partido relevante defende explicitamente até agora–, a maioria (64%) não acredita no afastamento de Dilma. Menos de um terço (29%) acham que a presidente seria afastada.
O apoio aos protestos contra a presidente é alto (75%), assim como a taxa de eleitores que associam Dilma ao escândalo de corrupção na Petrobras, objeto da investigação da Operação Lava Jato.
Para 57%, Dilma sabia da corrupção na estatal e deixou acontecer. Outros 26% opinam que ela sabia, mas nada poderia fazer para impedir.
O instituto apurou um empate também –este no limite da margem de erro– ao simular uma nova eleição presidencial. Se Dilma fosse cassada e novas eleições fossem convocadas hoje, o senador Aécio Neves (PSDB-MG) alcançaria 33% das intenções de voto contra 29% do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
Apoio a processo contra Dilma se baseia em fatos da Lava Jato, diz jornal. Instituto fez 2.834 entrevistas em 171 municípios, nos dias 9 e 10 de abril
Veja a seguir os resultados da pesquisa, divulgada pelo site da "Folha de S.Paulo":
Considerando tudo o que se sabe até o momento a respeito da Operação Lava Jato, o Congresso deveria abrir um processo de impeachment para afastar a presidente Dilma da Presidência?
Sim: 63%
Não: 33%
Não sabe: 4%
Caso isso ocorra, assume seu lugar:
O vice (sem citar o nome): 29%
Michel Temer: 13%
Aécio Neves: 12%
Outros: 8%
Não sabe: 39%
Caso isso ocorra, assume seu lugar (entre quem apoia o impeachment):
O vice (sem citar o nome): 27%
Michel Temer: 10%
Aécio Neves: 15%
Outros: 8%
Não sabe: 40%
Caso isso ocorra, assume seu lugar (entre quem rechaça o impeachment):
O vice (sem citar o nome): 33%
Michel Temer: 19%
Aécio Neves: 5%
Outros: 9%
Não sabe: 33%
Sabe quem é o vice-presidente?
Michel Temer: 36%
Outros: 1%
Não sabe: 63%
Opinião sobre os protestos contra o governo Dilma
A favor: 75%
Contra: 19%
Indiferente: 5%
Não sabe: 1%
Acha que Dilma vai ser afastada por causa das denúncias de corrupção na Lava Jato?
Sim: 29%
Não: 64%
Não sabe: 7%
Sobre a corrupção na Petrobras, você acha que Dilma:
Sabia e deixou que ocorresse: 57%
Sabia, mas não poderia evitá-la: 26%
Não sabia: 12%
Não soube responder: 5%
Em quem votaria para presidente caso houvesse novas eleições?