Com arbitragem como grande estrela, Palmeiras derrota o São Paulo no Allianz
Da Redação com Gazeta Esportiva
Foto(s): Futura Press / Gazeta Press
Robinho fez gol espetacular da intermediária em Rogério Ceni
Antes do jogo, o telão do Palestra Itália exibiu exaustivamente o gol em que Alex aplicou dois chapéus, um deles em Rogério Ceni, em 2002. Nesta quarta-feira, 25.804 pagantes puderam ver outro golaço alviverde, ao vivo, na história do Choque-Rei. Aproveitando falha do goleiro do São Paulo, Robinho bateu do meio-campo para encobrir o rival, que teve dois jogadores expulsos, e iniciar vitória por 3 a 0 que alivia a vida do Palmeiras e fez a torcida, enfim, gritar “olé”.
O golaço de Robinho, que tem Alex como inspiração, ocorreu aos dois minutos de jogo, aproveitando bola que o próprio Rogério Ceni afastou mal, chutando-a em seu peito. Um começo de jogo perfeito para o palmeirense que ficou cinco anos sem enfrentar no seu estádio o rival do Morumbi. Deu a esperança de, enfim, ver o time vencer um clássico após dez jogos sem ganhar um confronto desse tipo. Expectativa que se confirmou, com sobras, quebrando também o jejum diante de times da Série A em 2015.
Já aos sete do primeiro tempo, o Verdão teve mais motivos para comemorar, quando Rafael Toloi foi flagrado pela arbitragem agredindo Dudu e recebeu o cartão vermelho. O Tricolor demorou a se encontrar com um a menos e deixou Rafael Marques livre para fazer 2 a 0, aos 23 do primeiro tempo. O atacante fez mais um, aos seis da etapa final, e Michel Bastos ainda foi expulso por carrinho em Arouca, aos 33.
Com os três pontos somados, o Palmeiras chegou a 27, já garantindo a primeira colocação do grupo C do Campeonato Paulista e se tornando dono da terceira melhor campanha da competição, superando o São Paulo – se confirmada a posição daqui três rodadas, o time assegura jogar em casa nas quartas de final. o time volta a jogar às 18h30 (de Brasília) de domingo, contra o Red Bull, em Campinas. O Tricolor, que se classificou antecipadamente nesta noite graças à derrota do Mogi Mirim, visita o Linense no mesmo dia, às 16 horas.
O jogo
O Palmeiras enfrentou trânsito para chegar ao Palestra Itália e deixou o São Paulo esperando no campo, saindo atrasado do vestiários. Mas passou pelo túnel em forma de porco verde, usado pela primeira vez nesta noite, disposto a mostrar que está em casa e é capaz de vencer clássicos.
Foi assim, deixando qualquer desconfiança para trás, que Robinho dominou bola mal afastada por Rogério Ceni e arriscou do meio-campo, marcando um golaço, aos dois minutos. O Palmeiras estava pronto para marcar em seu campo, deixando Arouca solto para dar o combate e dificultar as redes. Mas a vida alviverde foi facilitada quando Toloi recebeu o vermelho, por ter sido flagrado agredindo Dudu, aos sete de jogo.
Rogério Ceni cometeu grande falha e tomou golaço de Robinho
Muricy Ramalho pedia calma ao time e, por 13 minutos, improvisou Hudson como zagueiro. Sua aposta em Alan Kardec, substituto do lesionado Luis Fabiano e odiado por muitos palmeirenses, não deu certo. Alexandre Pato era o único do time que chutado a gol, parando em defesa de Fernando Prass. Mas o camisa 11 acabou escolhido – e se irritou – para sair e dar vaga ao zagueiro Edson Silva.
Do outro lado, Oswaldo de Oliveira via, pela primeira vez no ano, um jogo coletivo eficiente de seu time, com a dinâmica que deseja. Gabriel atuava como um líbero e Arouca dava dinâmica correndo o campo inteiro sem parar, até alternando-se com Robinho na saída de bola.
Foi tranquilo para o Verdão obedecer seu hino e ser imponente. Lucas, Robinho e Tobio quase ampliaram até que o destaque do jogo apareceu novamente. Aos 23, Dudu, imparável nesta noite, arrancou até a área e rolou para Robinho, que furou. Mas a zaga são-paulina estava tão perdida que Rafael Marques teve liberdade para dominar, escolher o canto e fazer 2 a 0.
Até o intervalo, o Palmeiras pareceu ter decidido descansar, deixando o São Paulo tocar a bola. O rival ainda passou vergonha em furada bisonha de Bruno em rara jogada na área adversária. Muricy Ramalho voltou com Ricky Centurión no lugar de Ganso, mas nada mudou. O Tricolor pouco acertou em seu quarto clássico no ano, com terceira derrota – já tinha perdido duas vezes do Corinthians.
O Palmeiras, então, resolveu liquidar logo a partida. Zé Roberto cruzou com precisão para Rafael Marques, novamente livre, ajeitar o corpo e encher o pé nas redes de Rogério Ceni, aos seis minutos do segundo tempo. Com o jogo resolvido, a torcida palmeirense pôde vibrar com a expulsão de Michel Bastos, aos 33, por carrinho perigoso em Arouca, e ainda xingar Alan Kardec, substituído por Boschilia logo após o cartão vermelho do colega. Uma noite inesquecível para os palmeirenses.
FICHA TÉCNICA
PALMEIRAS 3 X 0 SÃO PAULO
Local: Estádio Palestra Itália, em São Paulo (SP)
Data: 25 de março de 2015, quarta-feira
Horário: 22 horas (de Brasília)
Árbitro: Vinicius Furlan (SP)
Assistentes: Alex Ang Ribeiro e João Edilson de Andrade (ambos de SP)
Cartões amarelos: Zé Roberto, Vitor Hugo (Palmeiras). Ganso (São Paulo)
Cartões vermelhos: Rafael Toloi, Michel Bastos (São Paulo)
Público: 25.804 pagantes
Renda: R$ 2.187.256,25
Gols
PALMEIRAS: Robinho, aos 2 minutos do primeiro tempo. Rafael Marques, aos 22 minutos do primeiro tempo e aos 6 minutos do segundo tempo
PALMEIRAS: Fernando Prass; Lucas, Tobio, Vitor Hugo e Zé Roberto; Gabriel e Arouca; Rafael Marques (Leandro Pereira), Robinho (Alan Patrick) e Dudu; Cristaldo (Gabriel Jesus) - Técnico: Oswaldo de Oliveira
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Bruno, Rafael Toloi, Lucão e Carlinhos; Denilson, Hudson, Ganso (Centurión) e Michel Bastos; Alexandre Pato (Edson Silva) e Alan Kardec (Boschilia) - Técnico: Muricy Ramalho
Duduincomodou e provocou expulsão de Toloi no primeiro tempo
Rafael Marques marcou dois gols em vitória palmeirense sobre São Paulo