O ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Luiz Fernando Furlan, disse hoje, nesta capital, que o grande desafio do Brasil no Século XXI será resgatar as cerca de 40 a 50 milhões de pessoas que vivem abaixo da linha de pobreza. Para ele, sem isso não há um desenvolvimento sustentado. Em referência ao Programa Fome Zero, ele disse que o objetivo é mobilizar a sociedade para que as populações carentes tenham acesso a condições dignas de sobrevivência.
Segundo Furlan, esta é uma oportunidade de participação do empresariado e de toda a sociedade para um mundo melhor. “É inteligência aprender com os próprios erros e sabedoria aprender com os erros dos outros”, disse, lembrando que não se deve “temer o erro, porque faz parte do trabalho”. Tanto Furlan quanto o ministro de Segurança Alimentar, José Graziano, e o assessor especial da Presidência da República, Oded Grajew, deram ênfase à intenção do governo de evitar que o programa se destine a resolver questões momentâneas, mas sim criar raízes para, a médio e longo prazos, substituir os bolsões de pobreza por núcleos sociais desenvolvidos.
Furlan, Graziano e Grajew participaram, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), do lançamento do estudo “Criando Valor”, do Instituto Ethos e da Internation Finance Corporation (IFC). No encontro, o presidente da Fiesp, Horácio Lafer Piva, manifestou sua preocupação com que o chamou de “espoliadores eternos, os burocratas e corruptos dos projetos humanistas, que já estão se preparando para retirar para si a maior parte dos benefícios do programa”.
No entanto, afirmou que isto já está sendo avaliado pelas autoridades. “A pior coisa que poderia acontecer seria a desmoralização, por pouco que fosse, do programa Fome Zero”, disse o líder empresarial.
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