Alckmin seria reeleito no 1º turno com 44%, aponta Datafolha
Da Redação com agências
Foto(s): Montagem
Os possíveis candidatos ao governo paulista em 2014
De acordo com pesquisa Datafolha divulgada neste sábado pelo jornal Folha de São Paulo, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), seria reeleito no primeiro turno com 44% dos votos. Seu maior rival, segundo o levantamento, é Paulo Skaf (PMDB), que tem 21% de intenção de voto dos pesquisados.
Gilberto Kassab (PSD), cotado para ser vice na chapa de Alckmin, soma 5%, enquanto o ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha (PT) conta com apenas 3% na pesquisa finalizada nessa quinta-feira. Considerando a margem de erro de dois pontos para mais ou menos, os pré-candidatos tiveram os mesmos resultados dos últimos dois levantamentos, realizados em intervalos de seis meses.
Considerando a margem de erro de dois pontos, os resultados do novo levantamento podem ser considerados iguais aos da pesquisa feita seis meses atrás. Que, por sua vez, já eram iguais aos do levantamento de junho de 2013, há um ano.
Gilberto Maringoni (Psol) e Gilberto Natalini (PV) têm 1% cada, de acordo com o Datafolha. Votos nulos, brancos e indecisos somam 26%. Na pesquisa espontânea, quando não há cartão, Geraldo Alckmin foi lembrado por apenas 10% dos entrevistados.
Sem Kassab na disputa, Alckmin alcança 47%, Skaf mantém os 21% e Alexandre Padilha marca 4%.
Avaliação do governo Alckmin
A avaliação do governo Alckmin praticamente não sofreu alteração em um ano.
Após os protestos de junho de 2013, a aprovação da gestão caiu de 52% para 38%. Na pesquisa mais recente, o total de eleitores que classifica a gestão de Alckmin como ótima ou boa está apenas três pontos acima, 41%.
Apesar da manutenção da liderança na pesquisa estimulada, Alckmin tem caído na pesquisa espontânea (quando o entrevistado não recebe nenhum cartão com os nomes dos candidatos).
Antes do auge dos protestos de 2013, ele era lembrado espontaneamente por 19%. Logo depois, caiu para 15%. Agora é citado por apenas 10%. Em um período pré eleitoral, o caminho de Alckmin é inverso ao que normalmente ocorre. O fato poderia ser explicado pela falta de exposição do candidato, ou seja, o marketing político (comunicação) do governo não consegue colocar a imagem e o nome de Alckmin positivamente na mídia. Com altas verbas em propaganda, porém com uma distribuição estrategicamente mal feita, o setor de comunicação do Palácio dos Bandeirantes conseguiu uma proeza bastante adversa retirando do destaque das mídias o nome de Alckmin.
Isso pode ser notado nos encontros regionais de jornais, revistas e rádios do interior paulista, de acordo com esses empresários de comunicação a posição do atual coordenador de comunicação de Alckmin está possibilitando o crescimento da oposição.
"Alckmin não vê a porpaganda como investimento e sim como despesa; estão corta", disse um proprietário de jornal da Baixada Santista.
"Esse Márcio Aith pode ser um excelente editor, mas é péssimo em Marketing e Propaganda. Ele pode até enterrar o governador com sua visão distorcida de comunicação. Alguém precisa mostrar a ele que as notícias que cria precisam circular e, para isso, é preciso jornais, revistas e rádios e essas só conseguem levar a informação para as ruas se tiver propaganda. Na mente de Aith publicidade de graça é obrigatória para nós, mas não vamos nos endividar para isso", disse outro empresário do setor de comunicação que possui sede no Grande ABCD.
Senado
Neste ano, estarão em disputa 27 das 81 cadeiras do Senado, uma em cada Estado.
Na disputa pelo Senado em São Paulo, o tucano José Serra pode tirar a vaga de Eduardo Suplicy: o tucano tem 41% das intenções de voto, contra 32% do petista. Márcio França (PSB) soma 4%.
Metodologia
A pesquisa de opinião entrevistou 2.029 eleitores em 61 municípios do Estado, entre terça, 3, e quinta, 5, de junho. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.
A pesquisa foi encomendada pelo jornal Folha de São Paulo. Está registrada no Tribunal Superior Eleitoral com o nº BR-00007/2014.