Pesquisa da Escola de Direito de São Paulo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) mostrava, em 2011, que para 75% da população consultada a impunidade no País é consequência das leis brandas em vigor e da corrupção. Perguntados sobre qual é a causa da impunidade no País, 39% dos entrevistados apontaram que as leis brasileiras são brandas, enquanto 36% acreditam que o motivo é a corrupção na polícia. A sondagem, divulgada nesta quinta-feira (10/11/2011), consultou 1.558 brasileiros por telefone em seis Estados e no Distrito Federal, durante o terceiro trimestre deste ano.
Apenas 11% dos pesquisados apontaram a morosidade do Judiciário como causa da impunidade. Para outros 8% o problema é a tendência dos juízes a absolverem os acusados e para 6%, a impunidade é motivada pela ineficiência da polícia. Em relação à severidade das penas no direito penal, 76% apontou que a legislação é branda, enquanto 5% afirmaram que as leis são muito severas e 19%, que são adequadas.
Em relação à rapidez do Judiciário para julgamento dos processos mais da metade dos pesquisados (53%) afirmam que o desempenho da Justiça na área criminal é regular. Outros 22% veem a Justiça criminal como boa e 25% como ruim. Além disso, conforme a pesquisa da FGV, 73% dos consultados que possuem escolaridade mais alta acreditam que em algum grau o rico tem a pena suavizada em comparação com o pobre. Entre aqueles que possuem primeiro grau incompleto, essa percepção é de 53%.
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Em 2014 parece que nada mudou. A corrupção e a impunidade continuam sendo itens alarmantes na vida dos brasileiros.
A impunidade alimenta, a cada dia, novos vôos desses corruptos de plantão.
Ano eleitoral, 2014 deve ser um ano de reavaliação. Não podemos doar dinheiro para condenados pagarem suas multas, não podemos continuar sustentando um estado que, a médio prazo, irá falir se não abolir, definitivamente, sua forma de gerir o cabresto eleitoral. O Bolsa Família é um programa importante no resgate da dignidade, mas ele deve ser temporário, enquanto outras ações de governo gerem condições de renda, pelo trabalho digno, dando a esses cidadãos um novo meio de sustento ("ensinar a pescar") e, após isso, retirar o benefício redirecionando-o a outros que realmente necessitam. É como o auxílio desemprego, imaginem se ele fosse para sempre e não limitado como é hoje. Ninguém mais iria querer trabalhar, ou melhor, procurar emprego, pois o dinheiro vem sem nada precisar fazer.
Assistencialismo é a forma como muitos votos estão cativos. É preciso resgatar a dignidade de nosso povo pelo TRABALHO e não pela VADIAGEM INSTITUCIONALIZADA!
* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação e foi professor de Marketing para 3º e 4º graus
