O mau uso da internet por funcionários custa anualmente às empresas americanas 85 bilhões de dólares em perdas com produtividade, diz um estudo comandado pela Websense junto a seus clientes.
Segundo a especialista, o acesso à web em escritórios cresceu dramaticamente em 2002 - hoje, são 70 milhões de empregados americanos acessando a internet no trabalho, diz, citando os números do Gartner Dataquest. E quanto mais sedutora e interativa se torna a navegação, mais estes funcionáros gastam mais tempo na internet por interesses pessoais.
Na última vez que mediu o acesso corporativo à internet, a Websense descobriu que os empregados gastam por semana, em média, uma hora e meia navegando em sites não relacionados a seus trabalhos - a estatística foi confirmada pelos próprios profissionais. Multiplicando-se esta média ao salário médio de um americano foi que a empresa chegou ao altíssimo valor citado acima.
Só que os empregadores, diz a Websense, afirmam que seus funcionários passam pelo menos 8,3 horas semanais (mais do que um dia inteiro de trabalho) navegando na web por razões pessoais. "O mau uso da internet é uma questão crítica para as corporações. Enquanto a web vem sendo considerada, já há um bom tempo, como uma ferramenta para acelerar a produtividade, o uso incorreto, em alguns casos, acaba prejudicando esta produtividade nestes tempos de recessão econômica", acredita o vice-presidente de marketing da Websense, Andy Meyer. "Ao invés de aumentar seu esforço para o bem da companhia, muitos empregados estão é gastando seu tempo comprando ações, indo a lojas virtuais ou ouvindo rádios online".
A grande questão aqui é que, ao perceber isto, as empresas podem começar a rever a liberação do acesso a seus funcionários, já que, entre outras coisas, estão gastando banda para eles não trabalharem. Se isso acontecesse em uma época onde a economia não estivesse tão em crise, talvez não fosse um problema tão crítico. Lewis Maltby, presidente do Instituto Nacional dos Direitos do Trabalho, disse à Websense que espera até mesmo que as empresas optem por simplesmente cortar o acesso à web por seus funcionários.
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