São Paulo empata com o Atlético Nacional e está na semi da Sul-americana
Da Redação com agências
Foto(s): EFE / AP
Mesmo na Colômbia, o São Paulo suportou a pressão do Atlético Nacional, empatou por 0 a 0 e avançou para a semifinal da Copa Sul-Americana
No Morumbi, há uma semana, o São Paulo conquistou o direito de avançar no Copa Sul-Americana com um empate. Nesta quarta-feira, fora de casa, o time se agarrou a essa vantagem, ficou na retranca e garantiu a igualdade por 0 a 0 com o Atlético Nacional. O resultado basta para colocar o atual campeão na semifinal da Copa Sul-Americana. O adversário dos paulistas agora será Libertad ou Itagüi, a não ser que a Ponte Preta elimine o Vélez Sarsfield - neste caso, os times brasileiros duelarão.
Com a necessidade da vitória (foi derrotado por 3 a 2 no Brasil), o Atlético tentou ficar com a bola, partir para o ataque e pressionar no começo do jogo. Mas o São Paulo se fechou na defesa e só tomou um susto nos primeiros minutos quando Duque cabeceou com perigo e por pouco não houve um desvio para tirar Rogério Ceni da jogada.
Mais tarde, ainda houve uma sequência de lances em que o Atlético furou o bloqueio tricolor, mas apenas desperdiçou oportunidades: aos 28min, Cardenas driblou um adversário e chutou perto da trave, mas para fora. Aos 32min, Uribe tentou bater de primeira na área, mas mandou a bola para longe. Logo depois, outro bom cabeceio de Duque foi defendido por Ceni.
Peralta e Aloisio disputam lance no duro jogo disputado na ColômbiaFoto: AP
No começo do segundo tempo, o time da casa repetiu a estratégia de tentar pressionar o São Paulo e dessa vez deu certo: já aos 3min, Ceni teve dificuldades para defender um chute de Uribe. Depois, aos 9min, Valencia teve boa chance na área, mas tentou um voleio e mandou a bola para fora.
Sem saída de jogo e com muitas dificuldades na defesa, o São Paulo teve mudanças no time, inclusive com a troca do meia Jadson pelo volante Wellington. Isso deu algum resultado, já que o time tricolor passou a ganhar mais disputas no meio-campo e até criou uma chance de gol aos 21min: após passe na esquerda, Aloisio tentou um toque por cobertura, mas Armani defendeu.
Quando o jogo se encaminhou para seus 15 minutos finais, o time colombiano passou a ter total controle, mas continuou a desperdiçar chances de gols. Aos 34min, por exemplo, Medina obrigou Ceni a espalmar um chute no canto. Mas o São Paulo se fechou ainda mais, tocou a bola quando pôde e conseguiu fazer valer sua vantagem.
Muricy Ramalho minimiza sufoco em Medellín: 'Esperava sofrer mais'
O Atlético Nacional tomou iniciativa do início ao fim do jogo desta quarta-feira e tentou de todas as formas, sem sucesso, vazar a defesa do São Paulo. Porém, apesar de ter se levantado para cobrar o apito final nos últimos minutos do empate por 0 a 0, Muricy Ramalho, técnico do time brasileiro, diz não ter sofrido tanto em Medellín.
"Pressão grande foi no Chile, não aqui. A pressão aqui foi de muito barulho da torcida. Porque, pelo chão, eles não penetravam. Na bola alçada, nosso time é bom. Sinceramente, pensava que a gente ia sofrer mais", disse o treinador, que foi além. "Se a gente tivesse mais velocidade na frente ou um pouquinho mais de cabeça no último passe, tinha até chance de ganhar".
De fato, apesar do sufoco imposto pelo time colombiano, Rogério Ceni não precisou fazer nenhuma grande defesa como as feitas na partida de volta das oitavas de final, contra a Universidad Católica, no Chile. Desta vez, o goleiro são-paulino trabalhou menos do que os zagueiros e demais colegas.
Ele talvez só não trabalhou menos do que Paulo Henrique Ganso, que não viajou a Medellín por ter que cumprir o segundo jogo de suspensão aplicado pela Conmebol. A ausência do camisa 8, a propósito, foi muito sentida pelo capitão e também pelo comandante.
"Foi uma baixa muito grande. Ele seria fundamental para meter a bola (para os atacantes) e para segurá-la", lamentou Muricy,
Na luta pelo bicampeonato continental, o São Paulo agora aguarda seu próximo adversário, que teoricamente sairia do vencedor do confronto entre Libertad (Paraguai) ou Itagui (Colômbia), porém poderá ser a Ponte Preta caso ela passe pelo Vélez Sarsfield (Argentina) - o regulamento força o não enfrentamento de equipes do mesmo país na decisão.
FICHA TÉCNICA
ATLÉTICO NACIONAL-COL 0 X 0 SÃO PAULO
Local: Estádio Atanasio Girardot, em Medellín (Colômbia)
Data: 6 de novembro de 2013 (quarta-feira)
Horário: 21h50 (de Brasília)
Árbitro: Enrique Osses (CHI)
Assistentes: Carlos Astroza (CHI) e Sergio Román (CHI)
ATLÉTICO NACIONAL: Armani; Peralta, Henríquez e Murillo; Medina, Mejía, Cárdenas e Valencia (Díaz); Bernal (Guisao), Duque (Ángel) e Uribe - Técnico: Juan Carlos Osorio
SÃO PAULO: Rogério Ceni; Paulo Miranda, Rodrigo Caio, Antonio Carlos e Reinaldo; Denilson, Maicon, Douglas e Jadson (Wellington); Aloísio (Welliton) e Luis Fabiano (Ademilson) - Técnico: Muricy Ramalho
Aloisio desperdiçou um dos poucos ataques que o São Paulo arriscou na partida
Muricy Ramalho minimiza sufoco em Medellín: 'Esperava sofrer mais'