O Pentágono confirmou neste sábado a participação de militares americanos em uma operação "contra um conhecido terrorista da Al Shabab", na Somália.
"Posso confirmar que militares americanos estiveram envolvidos na ontem (sexta-feira) em uma operação contra um conhecido terrorista da Al Shabab", afirmou o porta-voz oficial do Pentágono, George Little, em sua conta no Twitter.
Vários meios de comunicação americanos tinham informado de duas grandes operações militares na África, uma na Somália e outra na Líbia, realizadas por forças especiais dos EUA e voltadas contra líderes destacados das organizações Al Shabab e Al-Qaeda, respectivamente.
"The New York Times" informou a princípio, citando fontes oficiais anônimas, que a operação na Somália tinha levado à captura de um suposto dirigente da Al Shabab, fato que não foi confirmado.
A rede "CNN" acrescentou que a unidade de operações especiais da Marinha de Guerra dos Estados Unidos (Navy SEAL) que havia realizado a incursão contra o refúgio da Al Shabab, em Baraawe, teve que se retirar, embora sem nenhuma baixa americana.
Um porta-voz da Al Shabab confirmou a ação e disse que um de seus combatentes tinha morrido.
Os soldados da unidade SEAL atacaram a residência do militante na cidade de Baraawe "em resposta ao ataque contra um centro comercial de Nairóbi, pelo qual a Al Shabab reivindicou sua responsabilidade".
Os soldados americanos se aproximaram de surpresa da residência em uma praia, em uma incursão que constitui a ação mais importante de tropas americanas em solo somali desde que outros comandos mataram Saleh Ali Saleh Nbhan há quatro anos, lembra o "Times".
Por outro lado, tanto "The New York Times" como "CNN", que citam como fontes funcionários americanos, informaram que as forças americanas tinham capturado na Líbia Nazih Abd al Hamid al Rughay, conhecido por seu nome de guerra Abu Anas el Liby, acusado dos ataques em 1998 contra as embaixadas dos EUA no Quênia e na Tanzânia.
Anas foi capturado vivo perto de Trípoli em uma operação conjunta de unidades militares americanas, CIA (agência de inteligência americana) e Birô Federal de Investigações (FBI), segundo o "Times".
O homem estava na lista de fugitivos mais procurados pelos EUA pelo menos desde 2000 quando um tribunal de Nova York o acusou por seu envolvimento no planejamento dos ataques às embaixadas.
O FBI oferecia uma recompensa de até US$ 5 milhões por informação que levasse a sua captura.