Maduro volta a falar em envenenamento e diz que Chávez sofreu "campanha infame"
Da Redação com agências
Foto(s): Reuters
Nicolas Maduro apresenta documento que mostra que sua candidatura foi registrada oficialmente
Em entrevista ao canal Telesur, o presidente interino da Venezuela, Nicolás Maduro, voltou a insinuar que Hugo Chávez foi envenenado.
"Temos a intuição de que o comandante Chávez foi envenenado por forças obscuras que queriam eliminá-lo. Seu câncer, que no devido momento será mais explicado, estava além da normalidade da doença", declarou.
Maduro diz que uma equipe de especialistas investigará a stiuação. "Tudo leva a crer que usaram as técnicas mais avançadas para afetar a saúde de Chávez", disse. Ele, porém, reforçou que não está acusando os Estados Unidos de terem envolvimento no caso, apesar de "ter conhecimento de que esse país já realizou experiências para inocular doenças".
Entre seus relatos sobre a relação próxima que teve com Chávez, Maduro lamentou que o ex-líder sempre tenha sido "boicotado pelas oligarquias". "Chávez foi vítima da campanha mais infame já feita contra um ser humano por ajudar os mais humildes", declarou.
Registro da candidatura
Maduro se apresenta como "filho" de Chávez
O presidente encarregado da Venezuela, Nicolás Maduro, apresentou ontem, no Conselho Nacional Eleitoral (CNE), sua candidatura ao pleito de 14 de abril como "filho" do falecido chefe de Estado Hugo Chávez.
Maduro foi recebido na entrada e nas imediações do CNE, na praça Diego Ibarra, por milhares de apoiadores do chavismo, a maioria vestida com a tradicional cor que os identifica, o vermelho. "Aqui venho cumprir sua ordem com o amor maior que ele cultivou em nosso coração. Não sou Chávez, mas sou seu filho", afirmou Maduro diante das autoridades eleitorais.
O presidente encarregado apresentou o mesmo programa que Chávez anunciou há nove meses, após se candidatar mais uma vez à presidência da Venezuela. "A nove meses exatamente do nosso comandante entregar este programa da pátria, eu o tomo em minhas mãos e o entrego com o amor, com as lágrimas, com a dor, mas também com a esperança maior de um povo que despertou e nunca mais dormirá nem será dominado", afirmou Maduro ao se dirigir a presidente do CNE, Tibisay Lucena.
Maduro saúda seguidores do chavismo após registrar sua candidaturaFoto: Reuters
Maduro lembrou que em 8 de dezembro do ano passado, dois dias antes de Chávez viajar para Cuba para se operar novamente do câncer que o levou à morte, o líder afirmou que se algo ocorresse com ele, seus seguidores deveriam continuar com sua bandeira, causa e programa e seguir "a batalha rumo à consolidação da pátria". O presidente interino entregou "em nome do comandante Hugo Chávez" e do povo o "programa da pátria" e se comprometeu a cumpri-lo de 2013 até 2019.
Usando uma jaqueta com a bandeira venezuelana como estampa, Maduro chegou à sede do órgão eleitoral, no centro de Caracas, em um ônibus e sob gritos de "Com Chávez e Maduro o povo está seguro". Um grande aparato de segurança foi montado nos arredores do CNE.