Até o momento, o PSDB fez somente 181 prefeitos em 669 cidades no Estado de São Paulo, ou seja, cerca de 27,06%. Estando com a máquina estadual nas mãos, esse número poderia ultrapassar a casa dos 30%, mas isso não acontec
eu devido à estratégia de Alckmin que, segundo consta, resolveu favorecer seus aliados em detrimento de candidatos de seu próprio partido como ocorreu no Grande ABCD em diversas cidades e, em todas, perdeu para seu maior adversário, o PT.
Isso demonstra que o atual governador não atuou como deveria e pode ter colocado o partido em situação difícil.
O PMDB de São Paulo não possui mais Quércia no comando e, quem agora dá as cartas, é nada menos que o vice-presidente, Michel Temer.
O PMDB emplacou 92 prefeitos, até agora, no estado, cerca de 13,75%.
O PT emplacou 75 prefeitos, incluindo a capital, representando 11,21%. Se levarmos em conta o volume de votos, o PT é, sem dúvida, o grande vencedor dessas eleições municipais no Estado de São Paulo. Na capital o iniciante eleitoral, Fernando Haddad, mesmo enfrentando as nuvens negras do mensalão, conseguiu cerca de 3,5 milhões de votos.
Os atuais aliados do governador, partidos que na sua maioria fecham com o governo federal em suas direções nacionais, poderão roer a corda em 2014 deixando Alckmin em "papos de aranha".
Para quem não percebeu, ou viveu, a estratégia do PT de Lula em São Paulo foi a mesma utilizada em São Bernardo em 2008 quando elegeu Luiz Marinho, também um ex-ministro iniciante em eleições.
Luiz Marinho é, e sempre foi, a preferência de Lula para disputar as eleições majoritárias para o governo do Estado de São Paulo em 2014 como comentei ainda em 2008.
Conforme disse Lula em Fortaleza na última terça-feira ironizando os seus adversários, “de poste em poste o PT vai iluminando o Brasil”. A referência é das candidaturas de iniciantes como Luiz Marinho (2008), Fernando Haddad (2012) e Dilma Roussef (2010) a cargos eletivos com sucesso...
Enquanto Alckmin continuar pensando que propaganda é despesa e não investimento, irá permanecer no ostracismo e terá sua imagem vinculada somente a momentos difíceis ou desagradáveis como os que envolvem a Segurança Pública.
* Vicente Barone é analista político, editor chefe do Grupo @HORA de Comunicação e foi professor de Marketing para 3º e 4º graus.
** Os dados no texto são do TSE até às 19:00 hs de 28/10/2012