Tendência ou moda?

 

Opinião - 24/10/2012 - 14:50:23

 

Tendência ou moda?

 

Da Redação com agências

Foto(s): Divulgação / Arquivo

 

Erick Pedretti Nobre é especialista em segurança da informação, gerenciamento, wireless, e Account Manager da empresa CYLK

Erick Pedretti Nobre é especialista em segurança da informação, gerenciamento, wireless, e Account Manager da empresa CYLK

Com certeza você já se deparou com a nova sopa de letrinhas no atual cenário de TI, como BYOD, computação na nuvem, SaaS, mobilidade, social business e outras. E, pior ainda, como distinguir o que é tendência do que é moda?

 

Independente de opiniões, uma coisa é certa: se você não se adaptar às mudanças, pode deixar de utilizar ferramentas que auxiliam diretamente na produtividade dos seus funcionários, melhorando os resultados esperados pelos acionistas.

 

O conceito BYOD, que é a sigla para a frase Bring Your Own Device (“traga o seu próprio dispositivo”), anda preocupando muitos gestores de TI. Ele permite que o funcionário possa utilizar o seu próprio smartphone ou tablet e, desta forma, ter acesso à rede corporativa e aos dados confidenciais. Essa tendência do BYOD tem dois lados opostos. Enquanto aumenta a produtividade e diminui o investimento em smartphones e tablets por parte das corporações, surge a preocupação com a segurança dos dados sensíveis, uma vez que podem ser acessados por dispositivos que o Departamento de TI da empresa não tem qualquer controle.

 

Uma pesquisa encomendada pela Trend Micro revela que 78% das empresas americanas incentivam o uso do BYOD. Deste montante, 70% justificam a sua utilização pelo aumento de produtividade que ele proporciona. O estudo mostrou, também, que 47% das empresas que aderiram ao BYOD sofreram violação dos dados sigilosos. Após os incidentes, 45% das empresas entrevistadas, que autorizam a prática do BYOD, passaram a exigir que os usuários instalem softwares de segurança em seus dispositivos de acesso à rede corporativa.

 

É claro que não conseguimos conectar smartphones e tablets em uma rede cabeada e, portanto, a empresa que adotar o BYOD precisa necessariamente possuir uma rede sem fio estruturada, com segurança e que suporte todo o tráfego dos dispositivos, não só os corporativos (como notebooks) como, também, os dispositivos trazidos por seus funcionários. Além disso, a rede deve possibilitar a conexão do funcionário que estiver fora das instalações da empresa. Isso se chama mobilidade.

 

Continuando no apelo de produtividade, a mobilidade permite que o funcionário acesse a rede corporativa, mesmo estando nas instalações de um cliente, em viagens, enfim, em qualquer outra situação fora do escritório.

 

A computação na nuvem (cloud computing) ajuda, e muito, no quesito mobilidade e provocará profundas mudanças na maneira como as empresas atualmente operam e entregam TI. Afinal, que conceito é esse? O conceito de computação na nuvem é simples, refere-se à utilização de recursos de servidores compartilhados conectados na Internet. Quando falamos em nuvem, quer dizer que podemos não saber onde nossa aplicação está alocada fisicamente, pode estar em um servidor no Brasil ou em qualquer outro país. O mais interessante deste conceito é a elasticidade.

 

Vou dar um exemplo, imagine uma empresa de comércio eletrônico (e-commerce) com uma média de 1.000 compras diárias. Agora, imagine a quantidade de compras no dia que antecede o dia das mães ou nas festas natalinas. Esse número pode subir para 10.000 compras em um mesmo dia. A empresa de comércio eletrônico não precisa ter um investimento pesado para atender as demandas pontuais. Ela pode dimensionar os seus recursos para a média diária e quando necessário, usar recursos extras, pagando somente quando utilizados.

 

Segundo uma pesquisa realizada pela IBM com 500 executivos, 16% dos entrevistados já utilizam computação na nuvem de alguma forma, e 35% pretendem adotar esse modelo nos próximos 3 anos, como ferramenta de transformação de seus atuais modelos de negócios.

 

Dentre os diversos tipos de computação na nuvem, o mais utilizado é o SaaS (Software as a Service) ou software como serviço. Nesse modelo, a empresa paga pela utilização do software ao invés de comprar as licenças. Exemplos de aplicações deste modelo são o Salesforce (CRM) e o Google Docs (documentos). O ponto positivo deste modelo é que o custo de desenvolvimento é compartilhado entre diversas empresas usuárias, porém tem a limitação de muitos produtos não oferecerem customizações de acordo com a demanda de cada cliente.

 

O conceito de computação na nuvem é muito amplo para que possa ser detalhado nesta coluna, mas fica uma dica para os leitores: pegue essa onda, pois parece que vai ser uma das grandes. Comecei a coluna falando de tendência e moda, e um fenômeno que não pode ficar de fora é o social business. Outro dia um cliente me perguntou a diferença entre social business e redes sociais. São conceitos diferentes, mas que têm ótima sinergia. As redes sociais basicamente conectam pessoas. O social business, entretanto, liga a rede social aos processos de uma empresa. O social business, quando bem utilizado, pode ser mais produtivo do que qualquer outro meio de disseminação de ideias, produtos ou serviços, porém quando não for utilizado de maneira satisfatória, é capaz de manchar a reputação de um produto ou até mesmo da empresa.

 

Segundo estudos da IBM, os gastos com software de social business (aplicativos para smartphone, por exemplo) irá crescer 61% nos próximos anos, alcançando a marca de U$ 6,4 bilhões em 2016. Lembre-se, nas redes sociais você está em contato com quase todos os seus clientes e, quando divulgada uma ideia, não tem como voltar atrás. Vale citar uma frase usada pela IBM, “As pessoas não fazem negócios com empresas. Pessoas fazem negócios com pessoas”.

 

E você, caro leitor, está preparado para distinguir o que é tendência e o que é moda?

 

* Erick Pedretti Nobre é especialista em segurança da informação, gerenciamento, wireless, e Account Manager da empresa CYLK.

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