Pesquisa Datafolha revela que 88% do moradores da cidade de São Paulo são contrários à cobrança das sacolas plásticas nos estabelecimentos comerciais. Levantamento também mostra que 73% dos entrevistados querem que a justiça garanta a gratuidade na distribuição dessas embalagens.
O levantamento aponta que 70% da população da capital estão satisfeitos com a volta da distribuição gratuita das sacolas plásticas convencionais. Afirma também que 73% das pessoas são contrárias ao fim da obrigatoriedade da entrega de sacolas ser gratuita e 64% afirmaram que não têm intenção de pagar por elas.
As sacolinhas são o meio mais frequente para transportar as compras feitas em supermercados para 69% da população. E 98% dos entrevistados reutilizam as sacolas plásticas para o acondicionamento do lixo doméstico e outros fins.
Sem as sacolas, 79% dos entrevistados acham que terão gastos extras com sacos de lixo. 66% já afirmaram ter passado a comprar sacos de lixo no período que as sacolas deixaram de ser distribuídas gratuitamente em São Paulo e 53% dos entrevistados, continuaram utilizando sacolas plásticas armazenadas em casa ou distribuídas por outros estabelecimentos.
Objetivo e metodologia da pesquisa
Realizada entre os dias 21 e 22 de agosto deste ano, a pesquisa do Datafolha teve como objetivo conhecer a opinião do consumidor paulistano sobre a decisão judicial que retira a obrigatoriedade da distribuição gratuita de sacolas plásticas pelos supermercados a partir do dia 16 de setembro.
Foram realizadas 638 entrevistas, distribuídas geograficamente na cidade de São Paulo, sendo composta por homens (46%) e mulheres (54%), com média de 41 anos e pertencentes a todas as classes econômicas, que costumam fazer compras de alimentos ou produtos para casa em super/hipermercado, mesmo que eventualmente.
A margem de erro máxima para o total da amostra é de quatro pontos percentuais, para mais ou para menos. 79% do público estudado têm renda familiar até cinco salários mínimos (R$ 3.110,00), sendo 36% com renda familiar de até dois salários mínimos.