Durante entrevista coletiva na manhã desta quinta-feira (11), Daniel Craig, o atual intérprete de James Bond, afirmou que o personagem vai sorrir no próximo filme da franquia, 007 - Operação Skyfall, que será lançado no fim de outubro. "Esse filme realmente tem algo de diferente em relação aos outros e traz a história para mais perto do espectador à medida em que é completamente possível acontecer com qualquer um o que acontece comigo na trama. Apesar de tudo, o filme tem uma leveza diferente e isso permite o riso", disse o ator, achando graça da questão.
A produtora Barbara Broccoli, filha de Albert "Cubby" Broccoli, o mais famoso produtor dos filmes de James Bond, também esteve presente no evento e completou a resposta do protagonista afirmando que um dos trunfos de James Bond é ter esse lado rude e ardente na trama, mas que as coisas evoluem conforme os anos e que vão se adaptando à realidade. "É um James Bond clássico com estilo contemporâneo".
Sobre o longo período de pausa entre o último filme (007 - Quantum of Solace, de 2008) e este recente, Craig acredita que, ironicamente, isso ajudou muito. "Nós tivemos mais tempo de preparação, mais tempo para trabalhar o roteiro. Nós moldamos tudo direito e eu tive mais tempo de descanso, que ajuda a encarnar o James Bond por conta das cenas de ação. Eu fiz outros filmes, trabalhei com pessoas diferentes e eu gosto da ideia de espairecer e voltar com tudo para um novo trabalho".
Com traços bem masculinos, James Bond pode representar uma espécie de sonho de consumo de todo homem. A respeito disso, o ator disse que uma parte do trabalho é justamente tornar o personagem atraente tanto para homens quanto para mulheres. "Eu estou longe de ser parecido com James Bond, mas eu adoro carros e adoro mulheres. Meu trabalho é por isso em cena, essa posição masculina, nós adaptamos ao gosto do público e isso muda conforme a contemporaneidade".
Ele também ressaltou que gosta da forma como as mulheres são mostradas sempre lindas, fortes e bem-sucedidas na franquia 007. "Eu gosto da ideia de Bond ter um chefe que é uma mulher, essa não era a minha intenção inicial, mas eu fiquei bem feliz quando Judi Dench assumiu o papel. Eu acho que elas ajudam a desenrolar as histórias e espero que isso continue assim", completou Barbara a respeito da evolução dos papéis femininos na saga.
Diante de nomes como Sean Connery, George Lazenby, Roger Moore, Timothy Dalton e Pierce Brosnan, que já deram vida ao espião, Daniel se sente desafiado, mas encara que cada ator dá seu toque ao 007. "James Bond tem muito a dizer e muito a sentir. Eu sou um grande fã de filmes de ação e de filmes blockbusters. Eu sempre assisto e sempre me divirto assistindo, mas os melhores são aqueles que têm um elemento humano, aqueles em que você vai com o personagem, você gosta de estar naquela companhia e acompanha o protagonista pela história. A sua emoção é a emoção deles. Eu tento fazer isso".
Ele ainda completou falando da honra do papel: "eu gosto muito de ser o 007 e além de tudo acho que isso é um privilégio. Eu só fui trabalhando e me esforçando, mas tenho a noção de que há muito mais para ser feito e muitas outras histórias para serem contadas".
Encerrando a conversa, Barbara disse que o nome do longa, 007 - Operação Skyfall, se explica perfeitamente no contexto da história. "As grandes perguntas do filme são: o serviço secreto ainda é importante hoje em dia? Qual é a relevância de James Bond para o serviço secreto? É uma história muito empolgante, cheia de ação e emocionante entre os personagens", encerrou, lembrando que Javier Bardem também está no elenco e vive o vilão.
A lealdade de James Bond (Daniel Craig) à M (Judi Dench) é testada quando seu passado volta a atormentá-la. Com a MI6 sendo atacada, o agente 007 precisa rastrear e destruir a ameaça, sem se importar o quão pessoal será o custo disto.
Curiosidades
- 23ª aventura do agente James Bond
FICHA TÉCNICA
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