Rosa reduz vantagem por condenação de Cunha

 

Politica - 13/09/2012 - 20:25:37

 

Rosa reduz vantagem por condenação de Cunha

 

Da Redação com agências

Foto(s): Nelson Jr / STF / Divulgação

 

Rosa Weber foi a terceira a fazer a leitura de seu voto no plenário do STF

Rosa Weber foi a terceira a fazer a leitura de seu voto no plenário do STF

A ministra Rosa Weber concluiu nesta quinta-feira a rodada de votações do primeiro item do julgamento, que tratou do desvio de dinheiro da Câmara dos Deputados e do Banco do Brasil para o mensalão. A ministra mais nova na Corte havia pedido para proferir seu voto sobre a acusação de lavagem de dinheiro contra o deputado João Paulo Cunha e o ex-diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolatto quando a Corte iniciasse a análise do crime contra outros réus. Rosa votou pela condenação de Pizzolato, mas absolveu o parlamentar petista.

O voto da ministra segue o entendimento do único voto proferido pelo ministro Cezar Peluso no julgamento do mensalão. Ele entendeu que Cunha não tentou ocultar os R$ 50 mil recebidos pela empresa SMP&B, de Marcos Valério, afirmando que a atitude do parlamentar enviar a mulher à agência do Banco Rural para sacar a quantia foi uma mera consequência do crime de corrupção passiva.

"Por entender que o recebido da vantagem integra o crime de corrupção passiva, e não o de lavagem, e que a forma simulada de recebimento é ínsita à corrupção, não há a meu juízo como condenar João Paulo Cunha pela lavagem de dinheiro tendo como antecedente o crime de corrupção passiva", opinou a ministra, fechando o placar de seis a cinco pela condenação do parlamentar.

Com cinco votos em seu favor, João Paulo Cunha ganha força em futuros embargos infringentes no Supremo, uma espécie de recurso enviado para a própria Corte. Como o tribunal deve receber novos ministros até o fim do ano, é possível que o colegiado mude sua opinião sobre o crime.

Quanto a Pizzolato, Rosa Weber entendeu que os crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro são distintos e condenou o réu. O único ministro que votou pela absolvição do ex-diretor foi Marco Aurélio Mello.

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