
Para fechar acordo com o Paris Saint-Germain, o São Paulo exigiu ficar com um valor maior do que estabelecido contratualmente em caso de venda. Segundo apuração, o meia-atacante topou ceder R$ 5 milhões ao clube de formação para viabilizar o negócio. Desta forma, o camisa 7 tricolor ficou com aproximadamente R$ 27 milhões do valor total de R$ 108 milhões pago pelo PSG pela compra.
"Foi o acordo que nós fechamos. O São Paulo fica com 75% do valor, e o jogador com 25%. Foi uma negociação com desfecho amigável", confirmou o vice-presidente João Paulo de Jesus Lopes.
De acordo com cláusulas estabelecidas no contrato de Lucas com o São Paulo, o clube teria direito a 70% do valor da transação, o que corresponde a 30,1 milhões (aproximadamente R$ 75,8 milhões). Lucas, e seus representantes, ficariam com os 30% restantes, equivalente a 12,9 milhões de euros (cerca de R$ 32,5 milhões).
A iniciativa do São Paulo de exigir um valor maior do que o correspondente contratualmente também diminui a sensação de prejuízo causada com a venda no início do mês. Isso porque a partir do primeiro dia de agosto, o São Paulo, antes detentor de 80% dos direitos, cedeu ao jogador mais 10%, como estipulado no contrato.
Corinthians também lucra
A maior venda do futebol brasileiro também rende lucro ao Corinthians. De acordo com o Mecanismo de Solidariedade instituído pela Fifa, o clube do Parque São Jorge tem direito a R$ 280 mil.
O valor corresponde a 0,25% do total da venda de R$ 108 milhões. A indenização é paga pelo fato de Lucas ter atuado no Corinthians dos 12 aos 13 anos de idade, em 2005.
O meia-atacante chegou ao Corinthians ainda antes, com 10 anos de idade. No entanto, a Fifa obriga que uma indenização de 0,25% ao ano seja paga aos clubes que formaram atletas dos 12 aos 15 anos de idade.