Veja como anda o VW Tiguan, o carro que estaciona sozinho
Da Redação com R7
Foto(s): Divulgação / Arquivo
As principais mudanças do novo Tiguan se concentram na frente, com novos faróis e para-choques
Ter um SUV não é exatamente a coisa mais prática do mundo, ainda mais para aqueles que os usam majoritariamente para o trânsito urbano. Geralmente são carros difíceis de manobrar, com elevado consumo de combustível e estabilidade prejudicada pela carroceria maior e mais pesada. Contudo, há algumas exceções, com modelos que superam quase todos esses problemas, como o Volkswagen Tiguan avaliado pela reportagem. Mas tanta virtude tem seu preço.
E no caso do menor SUV da Volkswagen, ele parte de R$ 119.990. O valor, que já é mais alto do que a maior parte da concorrência, cresce para mais de R$ 130 mil caso seu proprietário opte por todos os equipamentos oferecidos, como abertura e partida do carro sem a chave, teto-solar panorâmico e park-assist, sistema que estaciona o carro sozinho em vagas paralelas à calçada e perpendiculares, como as de shopping centers.
Quem levar o Tiguan “básico”, porém, não ficará na mão. Apesar de não ter tantos mimos bacanas para serem usados (ou apenas exibidos), o modelo é bem equipado, vindo com seis air bags, controle de tração e estabilidade, ABS, direção e trio elétrico e bancos de couro. O pacote é empurrado por um motor 2.0 turbo de 200 cv (o mesmo do Jetta TSI) ligado a um câmbio automático de seis marchas com tração nas quatro rodas.
Quase um carro
O trem de força e a suspensão independente nas quatro rodas deixam o Tiguan com uma pegada esportiva sem abrir mão da estabilidade. A segurança nas curvas, claro, tem um preço, que é cobrado quando se passa por buracos e valetas. Não que o Tiguan seja duro, mas ele pode incomodar mais àqueles acostumados à moleza de Chevrolet Captiva, por exemplo. O desconforto é momentâneo e pode ser rapidamente esquecido na hora de abastecer, já que o consumo urbano do Tiguan (10,2 km/l) supera até o de alguns hatches brasileiros.
O acabamento é acima da média, ainda que haja mais plásticos no painel do que em um Passat de preço similar. Os bancos de couro, que podem ter ajuste elétrico e aquecimento como opcionais, apoiam bem motorista e passageiro, mas agradam ainda mais a quem vai atrás. Assim como no Honda City, os encostos da segunda fileira podem ser reclinados, permitindo viagens mais confortáveis sem tirar muito dos 360 litros que o porta-malas é capaz de levar.
Exibido
Alguns dos confortos opcionais que o Tiguan oferece podem agradar a muita gente, em especial ao público feminino, apesar do preço elevado. E não pense que isso envolve alguma piada em relação à capacidade das mulheres de fazer baliza.
Se o sistema de estacionamento automático do Tiguan não pode ser usado em todas as situações (ele requer uma vaga 80 cm maior que o comprimento do carro, que é de 4,43 m), a chave eletrônica é útil em todos os momentos. Basta deixar ela no bolso ou na bolsa e aproximar-se do carro para que ele se destranque automaticamente, assim que se toca a maçaneta. O motor é acionado por um botão, e o mesmo procedimento vale para desligar o carro e trancá-lo. Fora que o GPS embutido no painel evita roubos.
Escolha cara
Na ponta do lápis, o Tiguan é uma compra racional, com um bom conjunto mecânico, espaço e recursos tecnológicos quase exclusivos do segmento. Porém, às vezes, o status de se ter um SUV com motor V6 ou um modelo similar sul-coreano fala mais alto, e o preço do Tiguan pesa contra ele. Ao final, ele é um carro interessante, mas só para quem valoriza as virtudes que traz.
Os para-choques contam com seis sensores para auxiliar o estacionamento automático (Crédito: Divulgação)
O interior sóbrio é típico dos VW. GPS com tela sensível ao toque é opcional (Crédito: Divulgação)
