CPMI do Cachoeira: embate político e quebra de sigilos de governadores

 

Politica - 15/06/2012 - 11:31:30

 

CPMI do Cachoeira: embate político e quebra de sigilos de governadores

 

Da Redação com Agência Câmara

Foto(s): Agência Câmara

 

CPMI do Cachoeira quebra sigilos de governadores, mas adia convocações polêmicas em sessão marcada por embate político.

CPMI do Cachoeira quebra sigilos de governadores, mas adia convocações polêmicas em sessão marcada por embate político.

CPMI do Cachoeira quebra sigilos de governadores, mas adia convocações polêmicas em sessão marcada por embate político. Por unanimidade, os parlamentares aprovaram, nesta quinta-feira, a quebra dos sigilos bancário, fiscal e telemático dos governadores do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, e de Goiás, Marconi Perillo. O petista e o tucano já haviam colocado seus sigilos à disposição da CMPI. Com a formalização da medida, fica claro que os dados sigilosos deverão abranger os últimos 10 anos.

Por outro lado, a maioria dos parlamentares adiou a votação dos requerimentos de convocação do ex-presidente da empreiteira Delta, Fernando Cavendish, e do ex-diretor do Departamento Nacional de Infraestrutura, o Dnit, Luiz Antônio Pagot. A sugestão do adiamento partiu do relator da CPMI, deputado Odair Cunha, do PT mineiro, com o argumento de que é preciso aprofundar a análise de documentos antes das convocações.

"Porque nós não podemos ficar submetidos, nessa CPMI, à vontade das pessoas de falar ou não falar ou de anunciarem por aí que querem falar nessa CPMI. O que tem de motivar a convocação ou não de uma pessoa é a análise da investigação".

Cavendish está afastado do comando da Delta, empresa que, segundo a Polícia Federal, é usada para a atuação da quadrilha de Cachoeira. Já Pagot saiu do Dnit após denúncias de irregularidades e se dispôs a depor na CPMI para esclarecer os contratos da Delta com o órgão e um esquema de caixa 2 em campanhas eleitorais. Governistas e oposicionistas criticaram o adiamento das convocações. O líder do PSDB, deputado Bruno Araújo, não vê sentido nessa medida.

"Uma CPMI que traz dois governadores de estados brasileiros e se nega a trazer alguém que é dono de uma empresa que é epicentro de todo o escândalo e diz que compra senador. O senhor Pagô pede para falar ao país e também nega-se a sua vinda. É um momento péssimo para a democracia".

Vice-líder do PDT, o deputado Miro Teixeira, já fala em reunião informal dos parlamentares para ouvir as denúncias de Luiz Antônio Pagot.

"Que medo pode existir em torno da oitiva dessas duas pessoas? Será que é o medo da revelação da verdade? Aqueles que querem ouvir o Pagot, nós vamos fazê-lo em uma sessão informal e política. E aí nós vamos começar a seguir o caminho do dinheiro e das cumplicidades do mundo político".

Também houve protestos, na CPMI, diante de um requerimento do PT, pedindo a convocação do governador de São Paulo, José Serra, e outro, do PSDB, convocando a presidente Dilma Rousseff. O presidente da comissão, senador Vital do Rego, do PMDB da Paraíba, já indeferiu o requerimento sobre Dilma.

"Esta presidência tem a responsabilidade constitucional de desconhecer e rejeitar liminarmente esse requerimento, que é um atentado à Constituição Federal".

Houve críticas ainda à decisão de um juiz do Tribunal Regional Federal que pode anular as escutas telefônicas da Polícia Federal no caso Cachoeira. O deputado Fernando Francischini, do PSDB do Paraná, alertou para os possíveis reflexos da decisão.

"É um desserviço ao país. Vai absolver sumariamente o senhor Carlos Cachoeira e o senador Demóstenes Torres. Vai acabar com essa CPMI, vai acabar com o Conselho de Ética e vai destruir a Operação Monte Carlo".

Desde que começou a funcionar, a CPMI do Cachoeira convocou 18 pessoas e autorizou 57 quebras de sigilos.

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